Essas regiões em específico possuem alerta de nível 4 – o de “não viaje”. No geral, o Brasil possui alerta de nível 2 – o que inspira ‘maior cuidado’ dos turistas. Governo americano cita ‘combates entre gangues’. A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com UPP instalada no alto
Reuters
O Departamento de Estado dos Estados Unidos classificou em nível 4 – o de “não viaje” – o alerta para turistas que viajam para determinadas áreas do Brasil, como cidades-satélites do Distrito Federal, fronteiras e favelas.
O indicativo de cautela aumentou devido ao aumento do número de crimes no país, justifica o governo americano. Os níveis de classificação vão de 1 a 4.
As favelas brasileiras são citadas especificamente no novo relatório. O governo americano diz que os turistas não devem passear pelas comunidades mesmo com visitas guiadas.
“Nem as empresas de turismo, nem a polícia podem garantir sua segurança ao entrar nessas comunidades. Além disso, tenha cautela nas áreas próximas a essas comunidades, pois ocasionalmente os combates entre gangues e os confrontos com a polícia ultrapassam os limites”, diz o relatório.
O indicativo de “não viaje” também abrange as regiões administrativas de Brasília. O departamento de Estado americano cita nominalmente as cidades satélites de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. E diz que os turistas não devem frequentá-las entre 6h e 18h, “devido ao crime”.
Parada de ônibus em Ceilândia, no DF. Local já registrou tentativa de feminicídio
TV Globo/Reprodução
O nível 4 também se aplica às fronteiras brasileiras com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai. São aconselhadas viagens ao Parque Nacional de Foz do Iguaçu e ao Parque Nacional do Pantanal.
Funcionários do governo dos Estados Unidos também só podem visitar esses locais com autorização prévia.
Crimes violentos
Exceto as áreas determinadas de nível 4 – favelas, fronteiras e cidades-satélites de Brasília –, a nota brasileira, no geral, está no nível 2, o de “maior cuidado”.
Segundo o relatório, o Brasil registra “crimes violentos, como assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros”, que são comuns nas áreas urbanas, de dia e à noite.
“A atividade de gangues e do crime organizado são generalizadas. E assaltos são comuns. Os funcionários do governo dos EUA são desencorajados a usar ônibus públicos municipais em todas as partes do Brasil devido ao risco elevado de assalto e agressão a qualquer hora do dia e principalmente à noite”, diz o texto.
Conselhos do governo americano aos turistas no Brasil:
Fique de olho ao seu redor
Não resista fisicamente a nenhuma tentativa de assalto
Tenha cuidado ao caminhar ou dirigir à noite
Evite caminhar nas praias depois de escurecer
Não exiba sinais de riqueza, como usar relógios ou jóias caras
Seja extremamente vigilante ao visitar bancos ou caixas eletrônicos
Tenha cuidado nos principais centros de transporte ou nos transportes públicos, especialmente à noite. Os passageiros enfrentam um risco elevado de roubo ou assalto usando transporte público de ônibus municipal em todo o Brasil
Tenha mais cuidado ao caminhar em áreas isoladas
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