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Em rede social, transexuais reclamam de exclusão de perfil em aplicativo de paquera

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Tinder afirmou que não bane usuários por conta da sua identidade de gênero, mas reconhece que a comunidade trans enfrenta desafios no aplicativo, ‘incluindo ser injustamente denunciado por matches (parceiros) potenciais’. Imagem de tela de entrada do Tinder
Divulgação/Kon Karampelas/Unslash
Na manhã deste domingo (12), transexuais reclamaram em uma rede social da exclusão de seus perfis no Tinder, um dos aplicativos de paquera mais conhecidos.
Na rede social, o Tinder tem uma conta na qual se diz que o aplicativo “é para todas nós, é para todos nós, é para todes nós” – essa expressão “todes” é empregada como forma de linguagem inclusiva para trans.
A logomarca do aplicativo também estava nas cores do arco-íris, que representam a comunidade LGBTQI.
No entanto, ativistas reclamaram que, frequentemente, o aplicativo exclui as contas de transexuais.
Segundo Alina Dursi, de 20 anos, o Tinder não tem a categoria mulher trans ou homem trans. Ela diz que é comum o perfil ser excluído depois de denúncias de outros usuários do aplicativo – o que aconteceu com ela mesma em 2018, afirma.
“Não conheço uma trans que não tenha passado por isso. Se se coloca na biografia que é trans, o perfil cai”, diz ela.
Dursi afirma suspeitar que não há funcionários do Tinder que se certificam se são verdadeiras as denúncias de perfil falso no aplicativo de paquera. “É uma rede com muitos problemas e um suporte muito fraco”, diz.
Denúncias injustas e novas opções de identificação de gênero
Em nota, o Tinder afirmou que não bane usuários por conta da sua identidade de gênero, mas reconhece que a comunidade trans enfrenta desafios no aplicativo, “incluindo ser injustamente denunciado por matches (parceiros) potenciais”.
“Esta é uma questão complexa e multifacetada e estamos trabalhando em estreita colaboração com organizações ao redor do mundo para melhorar constantemente nossas práticas.”
O aplicativo adotou novas opções de identificação de gêneros, mas as atualizações ainda estão acontecendo e devem levar algumas semanas, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.
“Recentemente, anunciamos a chegada de identidades de gênero no Brasil em julho, expandindo as opções disponíveis para membros que se identificam além dos gêneros binários.”
A empresa pede a aqueles que consideram terem sido injustamente banidos entrar em contato pelo endereço de e-mail questions@gotinder.com.
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