Economia

Dívida pública registra aumento de 0,05% em janeiro e atinge R$ 5,616 trilhões, informa Tesouro

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Montante em dezembro de 2021 somava R$ 5,613 tri. Dívida é emitida pelo Tesouro para financiar déficit orçamentário do governo; previsão é que termine 2022 entre R$ 6 tri e R$ 6,4 tri. A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (23) que a dívida pública federal registrou aumento de 0,05% em janeiro e atingiu R$ 5,616 trilhões.
O montante inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior. Em dezembro do ano passado, a dívida somava R$ 5,613 trilhões.
A dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Isto é, são empréstimos feitos para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.
De acordo com o Tesouro, a dívida aumentou em janeiro em razão dos gastos com juros, que somaram R$ 32,79 bilhões.
Ainda segundo o órgão, foi registrado resgate líquido (vencimentos acima das emissões de títulos públicos) de R$ 30,22 bilhões, o que contribuiu para evitar uma alta ainda maior da dívida.
Após a dívida ter aumentado 12% no ano passado, a expectativa do governo federal é que continue a crescer nos próximos meses e termine 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões.
Custo médio das emissões
Também nesta quarta, o Tesouro informou que o custo médio das emissões de títulos públicos no mercado interno passou de 8,49% ao ano para 8,9%.
O aumento do custo médio está relacionado com o aumento dos juros básicos da economia pelo Banco Central para combater a inflação.
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Crise entre Rússia e Ucrânia
O Tesouro Nacional informou nesta quarta que as “tensões geopolíticas”, que se intensificaram diante da crise entre Rússia e Ucrânia, estão “aumentando a aversão ao risco nos mercados globais e provocando reação nos principais índices acionários”.
A Rússia tem mantido militares na fronteira com a Ucrânia. Os Estados Unidos dizem que o país governado por Putin quer invadir a Ucrânia. O governo russo, porém, nega ter intenção de invadir.
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Como a crise Rússia/Ucrânia afeta o Brasil
Na última segunda (21), o presidente russo Vladimir Putin reconheceu duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes e anunciou o envio de tropas militares para a região a fim de “manter a paz”.
“Pressão inflacionária e tensões geopolíticas seguem aumentando a aversão ao risco nos mercados globais e provocando reação nos principais índices acionários. No Brasil esse cenário se refletiu no mercado doméstico, fazendo com que a curva de juros ganhasse nível”, afirmou o Tesouro Nacional.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital, as tensões entre a Rússia e a Ucrânia elevaram o custo médio de emissão da dívida interna ao maior patamar desde fevereiro de 2018, ou seja, em quatro anos.
Além disso, ele também citou o aumento da inflação ao redor do mundo, que tem levado as nações a retirarem estímulos e iniciarem elevações nos juros.
“Quando a gente fala que as principais economias estão retirando estímulos, estamos vivendo um momento global de alta dos juros. Não é diferente no Brasil. A alta da Selic é um dos fatores, o aumento da inflação também aumenta custo médio de emissão e estoque mais alto” declarou.