Economia

Desligamentos por morte de funcionários CLT crescem 71,6% no primeiro trimestre de 2021, diz Dieese

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O comparativo é com o mesmo período de 2020, quando a pandemia do coronavírus ainda chegava ao Brasil; no Amazonas, o aumento foi de mais de 400%. O desligamento por morte de funcionários CLT cresceu 71,6% entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021, aponta levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em números absolutos, foram registradas 22,6 mil mortes de trabalhadores registrados neste ano, contra 13,2 mil no ano passado. A principal diferença entre os períodos em questão é a chegada da Covid-19 ao Brasil.
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O Dieese, inclusive, destaca o aumento de mortes de profissionais da saúde nos três primeiros meses de cada ano. A morte de médicos cresceu 204%, partindo de 25 para 65. Enfermeiros, 116%, de 25 para 54.
Mas destacam-se também a morte de profissionais de educação (106,7%), de informação e comunicação (124,2%) e eletricidade e gás (142,1%).
Veja abaixo a lista de categorias mais afetadas
Desligamentos por morte no emprego celetista
Divulgação/Dieese
Estados
Estados que tiveram crises mais agudas com o coronavírus também registraram aumento acima da média de desligamentos por morte. O Amazonas encabeça a lista, com alta de 437% em relação a 2020. Foram 114 desligamentos entre janeiro e março do ano passado contra 613 em 2021.
Mesmo estados com população mais volumosa tiveram aumentos consideráveis de mortes de trabalhadores. O aumento em São Paulo foi de 76,4%, partindo de 4.459 para 7.864.
Desligamentos por morte de celetistas, divididas por UF
Divulgação/Dieese