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Custo da cesta básica aumenta em 14 capitais entre março e abril

Entre março e abril de 2023, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 14 das 17 capitais onde o Dieese(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As elevações mais importantes ocorreram em Porto Alegre (5,02%) Florianópolis (3,65%), Goiânia (3,53%), Brasília (3,43%) e Fortaleza (3,38%). Já as reduções foram observadas em três capitais: Natal (-1,48%), Salvador (-0,91%) e Belém (-0,57%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 794,68), seguida de Porto Alegre (R$ 783,55), Florianópolis (R$ 769,35) e do Rio de Janeiro (R$ 750,77). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 553,89), Recife (R$ 582,26), João Pessoa (R$ 585,42) e Salvador (R$ 585,99).

A comparação dos valores da cesta, entre abril de 2022 e abril de 2023, mostra que os preços caíram em nove das capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre -6,12%, em Curitiba, e -0,08%, em Recife. Outras oito cidades registraram aumentos, com destaque para as taxas de Belém (8,27%), Fortaleza (3,42%) e Goiânia (3,23%).

Nos quatro primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 11 cidades, com variações entre 0,02%, em Florianópolis, e 6,30%, em Aracaju. As quedas mais importantes ocorreram em Vitória (-3,41%) e Belo Horizonte (-3,93%).

Com base na cesta mais cara, que, em abril, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em abril de 2023, o salário
mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.676,11, ou 5,13 vezes o mínimo de R$ 1.302,00. Em março, o valor necessário era de R$ 6.571,52 e correspondeu a 5,05 vezes o piso mínimo. Em abril de 2022, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o valor vigente na época, que era R$ 1.212,00.

Em abril de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 59 minutos, maior do que o de março, de 112 horas e 53 minutos. Já em abril de 2022, a jornada média foi de 124 horas e 08 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em abril de 2023, 56,51% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em março, 55,47% da renda
líquida. Em abril de 2022, o percentual ficou em 61,00%.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu, em abril de 2023, 65,98% da remuneração para adquirir a cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.

Em março, o percentual gasto foi de 64,95%. Já em abril de 2022, o trabalhador comprometia 71,71% da renda líquida para comprar o conjunto de alimentos básicos.

Fonte: blog do Riella

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