Economia

Coronavírus pode derrubar em até 15% investimento estrangeiro no mundo, diz Unctad

Coronavírus pode derrubar em até 15% investimento estrangeiro no mundo, diz Unctad thumbnail

Segundo o relatório da Unctad, se a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, for controlada no primeiro semestre deste ano, a queda no fluxo de investimento estrangeiro pode ser menor e ficar em 5%. O avanço do coronavírus deve reduzir em até 15% o fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) no mundo, de acordo com um relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês) divulgado neste domingo (8).
A previsão anterior da Unctad era de um crescimento marginal, de 5%, no IED para o período de 2020 e 2021.
Centro comercial vazio em Wuhan nesta quarta-feira (26), na província de Hubei, na China
Reuters
Segundo o relatório, se a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, for controlada no primeiro semestre deste ano, a queda no fluxo de investimento estrangeiro deve ficar em 5%. No entanto, se prosseguir descontrolada ao longo do ano, o impacto será de 15%.
Entenda os impactos do avanço do coronavírus na economia global e brasileira
Na avaliação da Unctad, o impacto será concentrado nos países que são mais afetados pela epidemia. No entanto, choques negativos de demanda e interrupções na cadeia de suprimentos devem afetar as perspectivas de investimentos em mais países.
Das 100 maiores empresas multinacionais na lista da Unctad, 69 já afirmam que os negócios estão sendo impactado pelo avanço do coronavírus, segundo o órgão. Além disso, 41 companhias emitiram alertas de que o lucro será menor.
Num recorte mais amplo, o ganho das 5 mil companhias multinacionais deve ser 9% menor por causa do coronavírus. Ao todo, 3.226 empresas estão revisando as projeções de lucro. Nas economias desenvolvidas, essa queda deve ficar em 6%. Nos países em desenvolvimento, o tombo deve ser de 16%.
De acordo com a organização, o impacto deve ser maior no setor automotivo (recuo de 44%), companhias aéreas (-42%) e em energia e materiais básicos para a indústria (-13%).
Ganhos em queda
Economia G1