Economia

Comando da CPI quer quebra de sigilos de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação

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Em reunião na noite de quinta-feira (6), o comando da CPI da Covid decidiu que vai buscar a quebra de sigilos do ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, como forma de esclarecer como se deu a negociação para a compra de vacinas, em especial a da Pfizer.
O requerimento de quebra de sigilos precisa ser votado na CPI. Como o comando da comissão tem maioria, a aprovação é dada como certa.
Os senadores avaliaram ainda que é possível, a partir das informações que Wajngarten dará no depoimento da próxima quarta-feira (12) e as quebras de sigilo, explicar como o chamado “gabinete do ódio”, dentro do governo, disseminou informações e atuou na campanha pela cloroquina e contra o distanciamento social. Isso sem falar nos ataques a prefeitos e governadores que tomaram medidas de isolamento para conter a disseminação da Covid.
Já há a sugestão entre integrantes da CPI que se proponha a troca de informações com o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga atos antidemocráticos, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. A CPI também dá como certa já o acesso aos documentos de outra CPI do Congresso, a das Fake News.
Ernesto Araújo e Wajngarten são convocados pela CPI da Covid
A reunião da noite de quinta aconteceu depois de quase 10 horas de depoimento da CPI. O anfitrião foi o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM). Estavam também o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE). Outros senadores foram consultados por telefone.
Uma disputa acalorada se deu sobre a exigência ou não de exame de Covid ao ex-ministro Eduardo Pazuello, que não depôs por ter alegado contato com ex-assessores infectados pelo vírus. Sem consenso, o depoimento do ex-ministro ficará para o dia 19 de maio, depois de um período de quarentena.
Já fora do governo, Wajngarten deu recente entrevista à revista “Veja” em que classificou como incompetente a gestão de Pazuello. Segundo os senadores ouvidos pelo blog, ele deixou muitas indicações de que se envolveu em negociações e ajudou a patrocinar ações do “gabinete do ódio”.
Os atos de Wajngarten na Secretaria de Comunicação, como a distribuição de verbas, também deve entrar no foco da CPI.