Economia

Com agravamento da pandemia, sete montadoras de veículos suspendem produção no Brasil

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Maioria das companhias vai dar férias coletivas aos funcionários que atuam dentro das fábricas e manterá a equipe dos escritórios em home office.
Linha de montagem da Volkswagen
Swen Pfoertner/Pool via Reuters/Arquivo
Com o agravamento da pandemia e o desabastecimento de peças no Brasil, sete montadoras de veículos decidiram suspender a produção nos próximos dias: Toyota, Nissan, Volkswagen, Mercedes-Benz, Nissan, Volvo e Scania.
A maioria das companhias vai dar férias coletivas aos funcionários que atuam dentro das fábricas e manterá a equipe dos escritórios em home office.
Confira detalhes de cada montadora abaixo:
Toyota
Toyota é mais uma montadora a suspender produção no Brasil
A Toyota informou que vai suspender a produção de veículos no Brasil a partir da próxima segunda-feira (25), após medidas de isolamento social tomadas por governos municipais.
Com 5.600 funcionários no Brasil, a companhia afirmou que tomou a decisão em conjunto com sindicatos de trabalhadores das fábricas paulistas localizadas em São Bernardo do Campo, Sorocaba, Porto Feliz e Indaiatuba.
O retorno ao trabalho nas fábricas de São Bernardo do Campo, Sorocaba e Porto Feliz está prevista para 5 de abril e em Indaiatuba, no dia seguinte
Nissan
Nissan do Brasil também suspende produção por agravamento da pandemia
A Nissan do Brasil vai interromper a produção da planta de Resende, no Rio de Janeiro, entre 26 de março e 9 de abril. Nesse período, os funcionários terão férias coletivas.
As atividades devem ser retomadas em 12 de abril.
“Buscando garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio, a Nissan decidiu adotar férias coletivas em seu Complexo Industrial de Resende de 26 de março a 9 de abril”, informou a montadora.
Volkswagen
‘Nossa ação não são férias, é para ficar em casa’, afirma presidente da Volkswagen
As atividades da Volkswagen estão suspensas em todas as unidades da empresa no país entre os dias 24 de março e 4 de abril.
De acordo com a montadora, a decisão foi tomada diante do crescimento do número de casos da pandemia e da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. “A empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”, disse em comunicado.
Mercedes-Benz
Mercedes Benz para produção para evitar aglomerações, em Juiz de Fora
A Mercedes-Benz vai suspender a produção de duas fábricas, em São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). A parada deve acontecer de 26 de março até 5 de abril.
Dali em diante, dará férias coletivas para grupos alternados de funcionários, para reduzir a circulação dentro das plantas fabris. Os funcionários da área administrativa da Mercedes-Benz não serão afetados, pois estão em regime de trabalho remoto. De acordo com a empresa, as concessionárias e oficinas permanecem em funcionamento normal, seguindo medidas preventivas contra a Covid-19.
Renault
A Renault do Brasil decidiu interromper a produção no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), entre 29 de março a 1º de abril.
Segundo a montadora, a decisão tem como objetivo “contribuir para o isolamento social neste momento em que diferentes cidades adotaram medidas mais restritivas, e em alinhamento com o Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba.”
Volvo
Volvo reduz produção de caminhões
A Volvo decidiu diminuir em 70% a produção de caminhões na unidade de Curitiba a partir do dia 23 e deve permanecer até o fim do mês.
“O motivo é o alto nível de instabilidade na cadeia, global e local, de abastecimento de peças, principalmente semicondutores, combinado com o agravamento da pandemia”, informou a Volvo.
Scania
A montadora sueca Scania vai parar a produção em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, a partir do dia 26 de março, com retorno previso para 5 de abril.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da região de São Bernardo do Campo, a decisão da Scania ocorreu após negociação com a entidade e a parada se deve ao agravamento da pandemia e o consequente colapso no sistema de saúde de todo o país.