Economia

China constrói maior banco de sementes do mundo para ampliar segurança alimentar

China constrói maior banco de sementes do mundo para ampliar segurança alimentar thumbnail

O banco tem uma capacidade projetada de 1,5 milhão de cópias, quase quatro vezes a que existe atualmente, disse o ministro da Agricultura do país, Tang Renjian. Bandeira da China
reprodução GloboNews
A China concluirá neste ano um novo banco nacional de germoplasma para produtos agrícolas, disse nesta quarta-feira (6) o ministro da Agricultura local. A medida visa aumentar a capacidade do país de desenvolver novas variedades de culturas e ampliar a segurança alimentar.
O banco possui capacidade projetada de 1,5 milhão de cópias, quase quatro vezes a que existe atualmente, e será o maior do mundo, disse o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, em comunicado no website da pasta.
Oferta de alimentos na China terá lacuna de 130 milhões de toneladas em 2025
Importantes formuladores de políticas do país afirmaram no mês passado que o setor de sementes é vital para a garantia da segurança alimentar chinesa, uma prioridade de longa data que tem recebido atenção especial desde o inicio da pandemia de Covid-19.
O setor de sementes da China é fragmentado, e suas companhias carecem do germoplasma coletado pelas principais multinacionais do setor agrícola.
Germoplasma
Germoplasma é o material genético vivo, como sementes ou tecidos, que é mantido para reprodução e pesquisa. Uma ampla gama de germoplasma permite que os fabricantes selecionem características mais diversas ao desenvolver as variedades de culturas.
O atual banco de sementes da China não é capaz de atender às necessidades de desenvolvimento, disse Tang em uma visita à Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, em Pequim.
“O novo banco nacional de recursos de germoplasma agrícola não precisa ser apenas bem estabelecido, mas também bem utilizado”, disse ele, acrescentando que a indústria de sementes da China está atrasada em relação à capacidade de inovação vista nos países desenvolvidos.
A China precisa assegurar que mantém sua vantagem competitiva em variedades de arroz e trigo, ao mesmo tempo em que reduz as diferenças em milho, soja, suínos e pecuária leiteira na comparação com outros países, afirmou o ministro.
VÍDEOS: veja mais notícias sobre agronegócios