Meio Ambiente

Chefe da UE é criticado por falar em 'síndrome de Greta'

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Josep Borrell disse ter dúvidas sobre o engajamento genuíno dos jovens com o combate à mudança climática. Josep Borrell, representante da União Europeia para assuntos internacionais, durante coletiva em 10 de janeiro de 2020
Francois Lenoir/Reuters
A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia, teve que se desculpar nesta segunda-feira (10) por um comentário de seu chefe de política externa, Josep Borrell, que questionou o comprometimento da juventude com a luta contra a mudança climática, referindo-se a ele como “síndrome de Greta”.
Ao falar em Bruxelas na quarta-feira (5), Borrell disse ter dúvidas sobre o engajamento genuíno dos jovens com o combate à mudança climática, e questionou se estão dispostos a mudar seus estilos de vida.
“É ótimo se manifestar contra a mudança climática, contanto que não se peça a você que contribua para pagar por isso”, disse Borrell, classificando esta atitude como “síndrome de Greta”, em referência à ativista climática sueca, de 17 anos, Greta Thunberg.
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Pressionado, Borrell, um socialista espanhol, se retratou mais tarde. “Quero pedir desculpas a qualquer um que possa ter se sentido ofendido por minha referência indevida ao movimento juvenil importante que combate a #mudança climática”, tuitou ele no sábado.
Diante de mais críticas nas redes sociais e de jornalistas, porém, uma porta-voz da comissão foi forçada nesta segunda-feira (10) a repetir as desculpas de Borrell, descrevendo seus comentários como “inadequados”.
“Esperamos que com aquele tuíte a situação esteja esclarecida”, disse Dana Spinant em uma coletiva de imprensa, acrescentando que todos os comissários apoiam jovens ativistas envolvidos na redução do impacto da mudança climática.