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CENSO 2022: DESACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO POPULACIONAL, PERFIL DEMOGRÁFICO E DIVERSIDADE RELIGIOSA

O recém-divulgado Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela uma significativa desaceleração no ritmo de crescimento populacional no Brasil ao longo da última década. Entre 2010 e 2022, a população brasileira registrou um aumento de 6,4%, contrastando com os 12,2% observados nos dez anos anteriores, de 2000 a 2010.

Atualmente, o Brasil conta com uma população de 203 milhões de habitantes, representando um aumento de 12,3 milhões em relação a 2010. O cenário demográfico destaca a crescente predominância feminina, com as mulheres constituindo 51,5% da população total, totalizando 104,5 milhões de habitantes. Além disso, a população negra, englobando pretos e pardos, representa 55,5% do total, somando 112,7 milhões de pessoas.

Um dado curioso que emerge do Censo é a expressiva presença de estabelecimentos religiosos em comparação com instituições de ensino e saúde. O Brasil conta com uma média de 286 igrejas para cada 100 mil habitantes, ultrapassando o total somado de instituições educacionais e de saúde. Esse dado ressalta a diversidade religiosa no país, evidenciando a importância dos contextos locais e da pluralidade de crenças que moldam a sociedade brasileira.

A divulgação das coordenadas geográficas dos endereços censitários fornece uma ferramenta valiosa para análises mais detalhadas e aprimoramento de políticas públicas. A visualização espacial desses dados contribui para um entendimento mais profundo da distribuição demográfica e das necessidades específicas de diferentes regiões do Brasil.

O Censo 2022 não apenas traça um perfil atualizado da população brasileira, mas também fornece insights valiosos para a compreensão das dinâmicas sociais, econômicas e religiosas que moldam o país. A desaceleração do crescimento populacional sinaliza mudanças demográficas importantes, enquanto a diversidade de crenças reflete a riqueza cultural e pluralidade que caracterizam a sociedade brasileira contemporânea.

 

 

 

 

Por Renato Riella