Brasil e Paraguai assinam acordo automotivo para livre comércio thumbnail
Economia

Brasil e Paraguai assinam acordo automotivo para livre comércio

] https://www.caixa.gov.br/vem/Paginas/default.aspx

Processo foi acertado durante a última cúpula do Mercosul, no final do ano passado. Associação das montadoras vê acordo como positivo, mas aponta que mercado paraguaio é pequeno. Produção de veículos no Brasil
Divulgação/Hyundai
Brasil e Paraguai assinaram nesta terça-feira (11), em Assunção, um acordo automotivo para liberar o comércio de veículos e autopeças entre os dois países. O tratado entre os dois países foi fechado durante a última cúpula do Mercosul e agora se torna oficial.
Um acordo do mesmo tipo foi assinado em junho com a Argentina e já existe um anterior a esse com o Uruguai.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil concede livre comércio imediato para produtos automotivos paraguaios.
No caso do Paraguai, o país permite livre comércio imediato para os produtos automotivos brasileiros taxados com tarifas entre 0% e 2%. Ainda no acordo, o Paraguai deve aplicar margens de preferência tarifária crescentes para os demais produtos automotivos, até a liberalização total do setor ao final de 2022.
Exportações para a Argentina em queda
O processo com o Paraguai foi acertado em meio à forte queda nas compras de veículos brasileiros pela Argentina, principal mercado do setor para o Brasil. O governo brasileiro informou que o acordo terá vigência por prazo indeterminado ou até a adequação do setor automotivo ao regime geral do Mercosul.
Um dos pontos também acertados no acordo foi a questão de carros usados que são importados pelo Paraguai. O país se comprometeu a revisar sua política nacional de importação de veículos, que deve seguir as diretrizes do bloco, além de considerar normas ambientais, de saúde pública e de segurança.
Anfavea vê mercado paraguaio como pequeno
No final do ano passado, quando o acordo foi anunciado, a associação das montadora, a Anfavea, viu o acerto com o Paraguai como positivo, mas ressaltou que o mercado do país vizinho não é grande.
“Nós defendemos mais acordos, com mais países, porque isso aumenta a competitividade de exportação da indústria, e também de importação. O mercado paraguaio é pequeno, mas é benéfico para conseguirmos mais negócios”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da associação das montadoras, a Anfavea, ao G1, em dezembro passado.
De acordo com a entidade, as exportações de veículos ao Paraguai somam de cerca de 13 mil unidades por ano, o que representa apenas cerca de 3% do total de veículos enviados para fora do Brasil pela indústria automotiva, considerando o acumulado entre janeiro e novembro.
Brasil e Paraguai fazem acordo automotivo

Tópicos