O governo brasileiro condenou, nesta terça-feira (21/5), de forma contundente, a nova ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza. Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Brasil criticou a intensificação dos bombardeios e a ampliação das operações terrestres, que, segundo dados recentes, já causaram a morte de mais de 300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, além de forçar o deslocamento de mais de 60 mil pessoas.
“O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o lançamento de nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza”, afirma o comunicado oficial. O Itamaraty também expressou preocupação com a declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que Israel pretende “assumir o controle” total da região. Para o governo brasileiro, tal intenção “é incompatível com as normas do direito internacional”, que não reconhecem autoridade permanente de um país ocupante sobre território estrangeiro.
Crítica ao bloqueio e apelo por solução de dois Estados
A nota destaca o agravamento da crise humanitária em Gaza, submetida há mais de dois meses a um bloqueio total. O governo brasileiro alerta para o “risco iminente de fome generalizada” e critica a intenção de Israel de permitir apenas um fornecimento mínimo de alimentos e medicamentos à população local.
“O uso da fome como método constitui crime de guerra”, afirma o texto, que cobra de Israel o “acesso imediato e desimpedido” da ajuda humanitária, em conformidade com o direito internacional humanitário.
O Brasil também reiterou sua defesa por uma solução definitiva e duradoura para o conflito, baseada na criação de dois Estados — Israel e Palestina — convivendo lado a lado em paz e segurança.
Pedido por cessar-fogo e libertação de reféns
O governo brasileiro reforçou ainda o apelo por um cessar-fogo permanente, pela retirada completa das forças israelenses da Faixa de Gaza e pela libertação dos reféns ainda mantidos em cativeiro pelo Hamas.
A nova ofensiva israelense ocorre em meio à escalada do conflito iniciado em outubro de 2023, e tem sido alvo de críticas crescentes da comunidade internacional, sobretudo devido às consequências humanitárias sobre a população civil palestina.
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Fonte: agência gov
Foto: foto da web





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