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‘Big techs’ ajudam bolsas dos EUA a reverterem parte do tombo da semana passada

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Índice Dow Jones fechou em alta de 0,76%, o S&P 500 subiu 1,61% e o Nasdaq avançou 2,55%. Placa de Wall Street perto da bolsa de Nova York
REUTERS/Shannon Stapleton
Os índices acionários de Nova York fecharam em forte alta, recuperando terreno após fecharem na sexta-feira (29) passada a sua pior semana desde outubro.
Após ajustes:

Dow Jones fechou em alta de 0,76%, a 30.211,91 pontos.
S&P 500 subiu 1,61%, a 3.773,86 pontos.
Nasdaq avançou 2,55%, a 13.403,39 pontos.
Nenhum dos três índices voltou a renovar recordes, mas o S&P 500, que havia caído a território negativo no acumulado do ano, acumula agora ganhos de 0,47% em 2021, enquanto o Nasdaq sobe 4,00% no período e o Dow Jones ainda recua 1,29%.
As ações das gigantes americanas de tecnologia ajudaram a puxar os ganhos dos índices americanos, com a ação da Amazon fechando em alta de 4,21% e a da Alphabet avançando 3,65% na véspera da divulgação dos balanços das companhias. Além destas, a ação da Tesla deu um salto e fechou em alta de 5,89%, enquanto a Microsoft subiu 3,29% e a da Apple avançou 1,62%.
As ações de tecnologia fecharam em alta de 2,51% no S&P 500, perdendo apenas para as ações de consumo discricionário, que lideraram os ganhos hoje e fecharam em alta de 2,77% no índice amplo de Nova York.
Já o nervosismo com a volatilidade especulativa gerada pela disparada de algumas ações que tinham pesadas posições “short” (que apostam na sua desvalorização) parecem começar a se dissipar hoje, abrindo o caminho para a recuperação dos índices de Wall Street.
A ação da GameStop, que ficou sob os holofotes na semana passada, fechou em queda de 30,77%, enquanto a da AMC Entertainment subiu apenas 0,45%.
“A combinação do pico de mudanças nas taxas de oferta de dinheiro [M1/M2] e ‘short squeezes’ agressivos levou a uma desalavancagem significativa por fundos de hedge. Os mercados corrigiram entre 3 e 5%, com muitas de nossas estratégias favoritas tomando um golpe muito necessário e esperado”, disse o estrategista-chefe de ações do Morgan Stanley, Michael Wilson.
“O mercado atual tem levantado comparações com a bolha de tecnologia [dos anos 2000] e, em algumas métricas, especialmente em relação ao sentimento e ao posicionamento, concordamos que há sinais de preocupação”, afirmou.
O estrategista diz que o mercado atual tem levantado comparações com a bolha de tecnologia dos anos 2000, mas diz não concordar que o mercado atual esteja em uma bolha, apesar de alguns sinais preocupantes.
“O cenário fundamental parece muito melhor, pois estamos saindo de uma recessão, em vez de estarmos entrando no fim de um ciclo econômico, o balanço do consumidor tem muito mais capacidade de gastar e os valuations ajustados às taxas livres de risco são muito mais razoáveis.”
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