Economia

Backer terá que informar pontos de venda e quantidade de cervejas contaminadas, diz secretário

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Segundo Luciano Timm, da Secretaria Nacional do Consumidor, multa pode chegar a R$ 9,9 milhões se houver descumprimento. Polícia achou substância tóxica em cerveja; Backer nega uso. Governo determina que cervejaria Backer faça campanha sobre cervejas contaminadas
O secretário nacional do Consumidor, Luciano Timm, informou nesta segunda-feira (13) que a cervejaria Backer terá que fazer uma campanha para informar os pontos de venda e a quantidade de cervejas que podem estar contaminadas. A secretaria é subordinada ao Ministério da Justiça.
Mais cedo, nesta segunda, o Ministério da Agricultura informou ter intimado a cervejaria a fazer um recall de todas as cervejas e chopes da empresa e a suspender a venda de qualquer produto da marca.
As medidas foram adotadas porque na semana passada a polícia encontrou dietilenoglicol em cervejas da Backer. Ao todo, 17 casos de intoxicação já foram notificados em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Saúde do estado.
A substância é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática e pode levar à morte em caso de ingestão. A Backer diz que não usa a substância.
Segundo o Ministério da Justiça, a Backer terá de:
informar pontos de venda;
quantidade de cervejas contaminadas;
potenciais consumidores em risco;
gastos com campanha de comunicação;
número de propagandas na TV, no rádio e na internet;
alcance da campanha.
Segundo o secretário Luciano Timm, se descumprir essas regras e não repassar as informações, a empresa pode ser multada em até R$ 9,9 milhões, segundo a portaria 618/19, que trata do recall.
Luciano Timm informou ainda que a Backer já foi comunicada da decisão.
O que diz a Backer
Em nota, a cervejaria Backer informou que entrou na Justiça contra o recall de todos os rótulos e a suspensão das vendas. A Backer reiterou que não faz uso do dietilenoglicol e em seu processo produtivo, mas o monoetilenoglicol.
A Backer afirmou ainda que o episódio apurado pelas autoridades limita-se ao lote da “Belorizontina”, não tendo qualquer relação com os demais rótulos, que possuem processos autônomos de produção.
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