Economia

Argentina emite US$ 400 milhões em títulos para cobrir pagamentos a vencer em meio à crise da dívida

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Nesta quarta, haverá vencimento de US$ 500 milhões em juros sobre o qual há grande dúvida se a Argentina irá conseguir honrar, após o país ter lançado uma proposta formal de reestruturação da dívida aos credores. O governo da Argentina anunciou a emissão de US$ 400 milhões em títulos de moeda estrangeira nesta terça-feira (21) para ajudar a cobrir pagamentos a vencer em meio a uma grande crise da dívida. Já a província de Buenos Aires preparou sua própria proposta de reestruturação.
Os títulos, que serão colocados diretamente no banco central, vieram um dia antes do vencimento de US$ 500 milhões de dólares em juros sobre o qual há grande dúvida se a Argentina honrará, após o país ter lançado uma proposta formal de reestruturação da dívida aos credores.
Se não efetuar o pagamento, começará a contar um prazo de carência de 30 dias após o qual o país entraria em default se não conseguir chegar a um acordo com os credores.
O país apresentou proposta aos detentores de US$ 66,2 bilhões de sua dívida externa, uma moratória de três anos nos pagamentos, prorrogação dos vencimentos até 2030 e redução dos pagamentos de cupons em cerca de 62%.
Argentina apresenta proposta de reestruturação de dívida com corte de 62% sobre juros
Reestruturação em Buenos Aires
A principal província de Buenos Aires também lutando para renovar mais de US$ 7 bilhões de dólares em dívida externa, deverá revelar sua própria proposta aos credores, que deve vir em linha com a oferta nacional, já nesta terça-feira, informou a agência de notícias estatal Telam.
A agência, citando fontes do governo, disse que o governador da província Axel Kicillof faria a proposta de reestruturar cerca de US$ 7,15 bilhões de dólares em dívida, em modelo alinhado à oferta feita pelo presidente Alberto Fernández e o ministro da Economia Martin Guzmán.
Rebaixamento
Na sexta-feira (17), a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating de crédito da Argentina para “C”, ante “CC”, assegurando que um default pode ser iminente caso o país não consiga chegar a um acordo com os detentores de títulos nas próximas semanas.
O ministro da Economia da Argentina disse na quinta-feira (16) que oferecerá a seus credores um corte de 62% sobre os juros, um período de carência de três anos e um levantamento de capital de 5,4% em sua dívida externa de quase US$ 70 bilhões, que o país atualmente considera impagável.