Economia

Apesar da fala de Guedes, técnicos não creem em 2ª onda de Covid que exija auxílio emergencial

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Guedes diz que auxílio emergencial pode ser prorrogado se houver segunda onda de Covid-19
Embora o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenha dito nesta quinta-feira (12) que o auxílio emergencial será prorrogado se houver um aumento significativo de casos de Covid-19 que caracterizem uma “segunda onda”, técnicos do governo apostam que isso não acontecerá.
“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, disse Guedes em evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Os técnicos se baseiam em uma tese fundamentada em estatísticas de infecções e em um estudo acadêmico que circulou na área econômica, no Palácio do Planalto e no Ministério da Saúde. O estudo mostra cidades brasileiras nas quais 20% ou mais da população teriam tido contato com o coronavírus e estariam supostamente imunizadas.
O estudo é um “working paper” com base em dados da pesquisa Pnad-Covid, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresentado no curso de mestrado de Economia Aplicada da Universidade Federal de Pelotas. O estudo trata da estimativa dos níveis de infecção por Covid-19 no país.
A tese é confrontada por situações atualmente vividas por países europeus, que enfrentam uma nova onda da Covid-19, em especial a Suécia.
O país nórdico não adotou medidas restritivas de circulação no começo da pandemia, na expectativa de atingir a chamada “imunização de rebanho”. Mas, mesmo assim, voltou a enfrentar um número elevado de casos atualmente.
Até a manhã desta quinta-feira, o Brasil acumulava 163,4 mil mortes e 5,7 milhões de casos de Covid-19, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Em 14 estados, havia queda na média de mortes; oito apresentavam elevação; e quatro, além do Distrito Federal, se encontravam em estabilidade.