Meio Ambiente

Antes de cúpula sobre o clima, EUA anunciam corte de emissões em 50% até o fim da década

Antes de cúpula sobre o clima, EUA anunciam corte de emissões em 50% até o fim da década thumbnail

Anúncio foi feito pelo presidente Joe Biden na Cúpula dos Líderes sobre o Clima. Meta é o dobro da anterior, que havia sido anunciada por Barack Obama em 2015. Os EUA são responsáveis por 15% das emissões globais. Joe Biden, presidente dos EUA, durante discurso no dia 20 de abril de 2021
Tom Brenner/Reuters
Os Estados Unidos vão se comprometer a reduzir as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global pela metade até o fim desta década, de acordo com um comunicado desta quinta-feira (22) do governo do país.
A redução das emissões tem como parâmetro o nível que era observado em 2005. Os EUA são responsáveis por cerca de 15% das emissões globais.
Joe Biden, o presidente do país, fez o anúncio oficialmente a meta na Cúpula de Líderes sobre o Clima, evento virtual que acontece nesta quinta e sexta-feira (23) com 40 líderes de Estado ou organizações. O presidente brasileiro Jair Bolsonaro é um dos convidados a falar sobre o combate às mudanças climáticas.
TEMPO REAL: acompanhe ao vivo a Cúpula de Líderes sobre o Clima
O vídeo abaixo mostra que políticos e representantes da sociedade civil divulgaram alertas sobre o que consideram ser efeitos danosos da política ambiental do governo Bolsonaro.
Na véspera da Cúpula do Clima, políticos e entidades alertam para falhas na política ambiental brasileira
ENTENDA: o que é a Cúpula de Líderes sobre o Clima?
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Em seu discurso, Biden afirmou que fará investimentos em infraestrutura verde para garantir a meta de cortar a emissão de gases do efeito estufa pela metade até o fim da década.
“Isso colocará o país no caminho para zero emissões em 2050”, afirmou ele.
Biden classificou a mudança climática como a crise existencial de nosso tempo. Ele salientou que outros países precisam colaborar com metas ambiciosas também, já que os EUA são responsáveis por cerca de 15% das emissões.
“Os cientistas nos dizem que essa é a década decisiva, que precisamos tomar decisões para evitar as piores consequências”, disse ele.
Meta mais ousada
A nova meta dos EUA é quase o dobro da anterior, que tinha sido fixada por Barack Obama —em 2015, o país tinha se comprometido a cortar as emissões entre 26% e 28%.
Para chegar a essa meta, o governo vai analisar como cada setor da economia pode cortar poluição. Haverá metas para outros níveis de gestão, como governos estaduais e prefeituras. Também devem ser impostos objetivos para a iniciativa privada.
As medidas precisarão ser aprovadas pelo Congresso do país.
O plano dos EUA é que em 2035 toda a geração de energia seja neutra. Depois de outros 15 anos, em 2050, o país inteiro não emitirá gases que aquecem o globo (ou seja, os EUA terão atingido a neutralidade de emissões).
EUA querem incentivar outros países a adotar metas
Os americanos esperam também incentivar outros países a assumir metas audaciosas para o combate às mudanças climáticas em seus próprios territórios.
Na terça-feira (20), a União Europeia chegou a um acordo climático provisório para a redução de pelo menos 55% nas emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2030. Além disso, o bloco tem o objetivo de atingir a neutralidade de emissões até 2050.
Outros países responsáveis por uma parte significativa das emissões, como a China e a Índia, devem aumentar as suas emissões ou mantê-las estáveis durante a próxima década.
A China é hoje o maior emissor de gases de efeito estufa. O país já afirmou que o pico de suas emissões se dará por volta de 2030. A partir de então, passará a decrescer para chegar a zero em 2060.
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