Meio Ambiente

Amazônia Bonita: veja a história de uma mulher que criou um projeto que distribui alimentos e amor para pessoas carentes

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Quadro Amazônia Bonita é um projeto da Rede Amazônica que conta história de pessoas que fazem a diferença na vida de quem mora na região Amazônica. Amazônia Bonita: veja a história de uma mulher que criou um projeto Bom Samaritano
Solidariedade, amor ao próximo e fé, essas são palavras que Meire Campos conhece muito bem. Pensando em ajudar as pessoas mais necessitadas, ela idealizou o Projeto Bom Samaritano que, através de uma rede de solidariedade, leva alimentação e esperança para pessoas carentes e em situação de rua na capital do Acre.
O quadro Amazônia Bonita é um projeto da Rede Amazônica onde vão ser contadas, todos os sábados, histórias de pessoas que fazem a diferença na vida de quem mora na região Amazônica.
Meire Campos idealizadora do Projeto Bom Samaritano
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Todas as segundas-feiras são distribuídas pelas ruas da capital acreana pelo menos 220 litros de sopa para alimentar quem tem fome. A maioria dos alimentos usados é fruto de doações. Tudo isso só é possível com a iniciativa do Bom Samaritano, que existe há cinco anos.
“Nós somos evangélicos e estávamos na igreja e em um determinado momento sentimos o desejo de fazer algo mais. A gente foi convidado para conhecer o trabalho de uma igreja e, quando a gente chegou lá, eles estavam servindo sopa e aquilo mexeu muito comigo. Foi aí que eu percebi o que eu queria fazer”, lembra Meire.
São pelo menos 10 voluntários que fazem parte do projeto
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Rede de apoio
A fotógrafa Marcela Cabral de Oliveira França é uma das voluntárias no projeto e, segundo ela, seria muito importante se todos pudessem ajudar o próximo de alguma forma. “É muito bom participar desse projeto porque, com tão pouco, a gente ajuda tantas pessoas que precisam da nossa ajuda, se todo mundo desse um pouquinho o mundo seria muito melhor.”
Mas, Meire não contava que iria passar por um momento difícil e doloroso. O marido dela, que a ajudou tanto no início do projeto, foi uma das primeiras vítimas da Covid-19, em abril de 2020.
“Foi difícil, pensei que tinha acabado e não tinha mais como fazer. Foi quando chegou um amigo e disse: ‘E aí? Como é que vai ficar?’ E eu disse que precisava de um motorista e ele disse: ‘Estou aqui’. Aí já começou e nunca parou”, conta.
Com o passar do tempo mais pessoas chegaram para ajudar e no momento o projeto conta com pelo menos 10 voluntários.
Apos a morte do marido, Meire se casou novamente com o bispo evangélico Mayko Mesquita
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Meire fala que casou de novo e com alguém que também abriu o coração para o projeto e hoje é muito importante para a continuidade.
“São momentos únicos dados por Deus, algo assim que a gente fica muito motivado e também incentivado a continuar. Essa luta não e fácil, são muitas lutas, muitas barreiras que enfrentamos, mas, mesmo assim, nos sentimos motivados”, disse o marido da Meire, o bispo evangélico Mayko Mesquita.
Antes de começar a distribuir as sopas grupo faz uma oração
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Antes de sair, a equipe faz uma oração, eles carregam as panelas e todos os itens até o carro e partem para mais uma noite de doações.
Oração e alegria
No dia em que a equipe da Rede Amazônica acompanhou a entrega das sopas, o grupo foi até o bairro da Base, região central de Rio Branco. Por lá, moradores de rua e pessoas carentes que moram na região foram até os voluntários para receber sopa e o carinho da equipe.
Francisca Lopes de Souza foi até a equipe receber um pouco de carinho e alimento e diz que esse apoio faz toda diferença na vida de quem recebe.
“Muito grata em estar recebendo esse apoio. Às vezes a gente pensa que vai desistir, aí vem essas pessoas com Deus na frente e fazem a gente sorrir, e do problema vem uma solução”, desabafa.
Francisca Lopes de Souza foi até a equipe receber um pouco de carinho e alimento e diz que esse apoio faz toda diferença na vida de quem recebe.
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O engenheiro civil José Borges fala que em todos os bairros de Rio Branco deveria ter uma rede de apoio igual a do Projeto Bom Samaritano. “É um apoio social e deveria ter em todos os bairros.”
Meire diz que quando vê a retribuição das pessoas e o carinho que elas dão para a equipe diz que faz tudo valer a pena. Ela afirma que o amor ao próximo faz a diferença, levando alegria e esperança a quem precisa de ajuda, força e incentivo e torce para que mais pessoas possam ajudar umas as outras.
“Não tem nada que pague quando você recebe aquelas palavras de agradecimento, as pessoas te abraçam, isso aí nos fortalece muito”, finaliza.
Quem recebe ajuda agradece e quem é voluntário sente prazer em ajudar
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