Meio Ambiente

Agentes de saúde cruzam floresta a pé e enfrentam áreas alagadas para vacinar comunidades na zona rural de Manaus

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A intenção é imunizar contra a Covid-19 cerca de 1,5 mil moradores nessas localidades. Agentes de saúde enfrentam os desafios da Floresta Amazônica para vacinar moradores da zona rural de Manaus
Equipes de vacinação vão percorrer, durante toda a semana, as comunidades na zona rural de Manaus. A intenção é imunizar contra a Covid-19 cerca de 1,5 mil moradores nessas localidades.
Os agentes de saúde iniciam a viagem diariamente por volta de 7h. A primeira parada é em uma unidade de saúde a cerca de 50 quilômetros da capital. No local, o agricultor José da Silva, de 67 anos, recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid.
“Eu me sinto feliz (risos) eu me sinto feliz”, disse.
Uma equipe fica no posto e outra segue viagem, cada vez mais floresta adentro. Chega o momento em que o carro já não avança mais e é necessário caminhar pela mata. No caminho a pé, além de cruzar a floresta, precisam passar até por uma ponte improvisada.
O trabalho de quem faz a vacinação na zona rural é bem complicado, mas seja como for a vacina tem que chegar para quem precisa. Cada uma das estradas espalhadas pela zona rural de Manaus impõe um desafio diferente.
A agricultora Marlene Pedrosa, de 64 anos, recebeu a segunda dose e completou o ciclo da vacinação. “Ia demorar um tempo, né, ou talvez nem tomasse. Eu me sinto bem feliz né, tem gente que não teve essa sorte”, comemorou.
Com a cheia dos rios, os agentes de saúde também enfrentam áreas alagadas, que são percorridas em canoas. É pela dedicação e o empenho desses profissionais que os moradores da zona rural conseguem ser imunizados contra a Covid.
“Eu pedia todo dia a Deus para chegar esse dia. Eu estava esperando para o outro mês, mas já quando chegou eu até me admirei, eu digo ‘oh, meu deus, obrigado’”, contou a agricultora Iacy Roque.
Às vezes, nem mesmo com tanto esforço, o trabalho atinge o objetivo. No caso dos ausentes, a equipe faz o registro no prontuário e retorna em outro dia.
“No caso aqui do seu Manoel e da dona Maria do Rosário seria a segunda dose, mas eles não se encontram, mas o que vale é a gente chegar até onde o morador está”, afirma a agente comunitária Adriana Araújo.
E se depender da Adriana ninguém vai ficar de fora. “Eu me sinto muito feliz muito honrada em poder fazer parte desse trabalho”.
Agentes cruzam a floresta e enfrentam áreas alagadas para aplicar vacinas no Amazonas
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