A COP30, realizada em Belém, terminou cercada por críticas e frustrações que ultrapassaram o conteúdo do documento final. O encontro, que deveria ter sido o ápice do protagonismo climático mundial, acumulou problemas estruturais, logísticos e políticos que chamaram mais atenção do que os avanços negociados.
Entre os episódios mais comentados estiveram falhas de segurança, episódios de calor extremo dentro dos pavilhões, problemas de climatização, infiltrações causadas pelas chuvas e atrasos em atividades essenciais. Delegações relataram dificuldades operacionais e apontaram que o conjunto de incidentes prejudicou o andamento de reuniões técnicas importantes.
Além da infraestrutura, a condução das negociações também foi alvo de críticas de organizações ambientais. A ausência de um compromisso explícito contra combustíveis fósseis — tema considerado central para parte da comunidade científica — gerou frustração em várias delegações, que esperavam avanços mais contundentes.
Apesar das dificuldades, representantes do governo afirmam que o evento trouxe ganhos diplomáticos, ampliou a visibilidade internacional do Brasil e fortaleceu alianças bilaterais. No entanto, especialistas avaliam que o saldo final ficou marcado por um desequilíbrio entre expectativas e entregas.
A COP30 encerra-se, portanto, deixando uma sensação de que os desafios climáticos permanecem maiores do que as respostas apresentadas no encontro — e que as próximas conferências precisarão lidar não apenas com disputas políticas, mas também com a necessidade de garantir infraestrutura, organização e foco nas pautas essenciais.
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