Relatório da Cepal destaca avanços e desafios após 30 anos da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social
O Brasil investiu, em 2023, o equivalente a 12,4% de seu PIB em programas de proteção social, bem acima da média da América Latina e Caribe, que foi de 4,4%, segundo relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
A apresentação do documento ocorreu durante a VI Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe, realizada em Brasília. O estudo revisa três décadas de políticas sociais desde a Cúpula de Copenhague (1995) e aponta a necessidade de um pacto global para o desenvolvimento social inclusivo, com foco em proteção social, inclusão digital, políticas de cuidado e reformas fiscais progressivas.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou que o Brasil continuará apoiando iniciativas voltadas ao combate à fome, à pobreza e às desigualdades:
“Cuidando da saúde, abrindo oportunidades de educação e garantindo condições para uma renda sustentável e uma melhor qualidade de vida”, declarou.
Impacto no Brasil e na região
Em 2023, o Brasil não apenas destinou mais recursos a políticas sociais, mas também liderou a redução da pobreza na América Latina e no Caribe. Segundo dados do IBGE, a proporção da população brasileira abaixo da linha de pobreza caiu de 31,6% em 2022 para 27,4% em 2023, retirando 8,7 milhões de pessoas dessa condição. A extrema pobreza recuou de 5,9% para 4,4%, o menor índice desde 2012.
A conferência, que ocorre entre os dias 2 e 4 de setembro, reúne governos, organismos internacionais, academia e sociedade civil para debater políticas públicas eficazes e fortalecer o desenvolvimento social inclusivo na região.





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