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Hepatites virais: Brasil reduz mortalidade em 10 anos e avança no combate à doenç

O Brasil registrou avanços significativos no combate às hepatites virais ao longo da última década. Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (8), o país reduziu em 50% o coeficiente de mortalidade por hepatite B entre 2014 e 2024 — caindo de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. Já a hepatite C teve uma queda ainda mais expressiva, de 60% no mesmo período.

A redução é atribuída ao maior acesso à informação, diagnóstico, vacinação e tratamentos eficazes, segundo o ministério.

Perfil regional das hepatites

A distribuição das hepatites varia conforme a região do país:

  • Hepatites B e C são mais comuns nos centros urbanos do Sul e Sudeste.

  • Hepatite D se concentra na Região Norte, especialmente em áreas remotas, onde estão 72% dos casos registrados.

  • A hepatite A, historicamente mais presente no Norte e Nordeste, apresentou queda global nessas regiões.

Um dos principais motivos para essa redução é a inclusão da vacina contra hepatite A no calendário nacional de imunização, com dose única para crianças de 15 meses a 4 anos. Como resultado, os casos entre menores de 10 anos despencaram 99,9%: de 2.853 em 2014 para apenas 43 em 2024.

Alerta para adultos jovens

Apesar do avanço, um novo cenário acende o alerta das autoridades: a partir de 2022, houve aumento de casos de hepatite A entre adultos de 20 a 40 anos nas regiões Sul e Sudeste. A maioria das infecções ocorre entre homens, numa proporção de três casos para cada mulher.

Esforço coletivo

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o combate às hepatites virais deve ser um esforço conjunto entre governo, profissionais de saúde e a população.

“Temos vacinas, testes e orientações claras sobre como ocorrem as infecções. É papel dos profissionais de saúde orientar, dos gestores garantirem os insumos, e da população aproveitar essas oportunidades”, declarou o ministro.

O boletim reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da imunização como estratégias centrais para erradicar as hepatites virais no Brasil.

Fonte: Brasil 61