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Rússia lança o segundo ataque de mísseis na Ucrânia; há mortos nos dois lados da guerra

Uma testemunha disse à agência Reuters que há uma fumaça preta saindo do prédio da sede do serviço de inteligência do Ministério da Defesa.

 

A Ucrânia está sendo atingida por uma segunda onda de mísseis, de acordo com um assessor próximo do presidente Volodymyr Zelensky (foto). Um correspondente da agência de notícias Reuters ouviu explosões em Kiev às 12h no país (cerca de 7h de Brasília).

Um dirigente do Ministério do Interior da Ucrânia disse que centros de comando em diversas cidades, inclusive Kiev, foram alvos de ataques por mísseis. De acordo com dirigentes do governo da Ucrânia, a primeira onda de bombas começou pouco depois do anúncio feito pelo presidente Vladimir Putin de que seria iniciada uma operação militar.

Uma testemunha disse à agência Reuters que há uma fumaça preta saindo do prédio da sede do serviço de inteligência do Ministério da Defesa.

Pelo menos 18 pessoas morreram na cidade de Odessa em um ataque, de acordo com as autoridades da região. Outras 6 morreram em Brovary, perto de Kiev.

Os militares da Ucrânia estão respondendo aos ataques da Rússia no sul e no norte do país, e já há perdas entre os russos, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um pronunciamento televisionado hoje (24), após a invasão russa.

 

Mais cedo, os militares da Ucrânia afirmaram que mataram 50 soldados dos inimigos na região de Luhansk, destruíram quatro tanques russos em uma estrada perto da cidade de Kharkiv, no leste do país, e que derrubaram seis aeronaves russas, também no leste do país, de acordo com a agência Reuters.

Zelensky afirmou que armas já estão sendo distribuídas entre os cidadãos ucranianos, e pediu para que as pessoas que se consideram aptas a “defender a Ucrânia” procurem os centros do exército nas cidades.

O presidente do país também pediu que as pessoas doem sangue.

“A Ucrânia não vai entregar sua liberdade e seu direito de viver em sua própria terra. A Rússia tacou o nosso país do mesmo jeito que a Alemanha fez no início da segunda guerra. A Federação Russa entrou no caminho do mal.”

Ele então fez um pedido aos cidadãos russos. Ele pediu protestos na Rússia contra a guerra. “Cidadãos russos, vocês, hoje, vão escolher o caminho que vão seguir; todos que estão na Rússia e têm consciência, vão protestar, se manifestar contra a guerra com a Ucrânia” disse ele.

A primeira reação de Zenlensky após a invasão foi divulgar uma mensagem pedindo calma e informando que está adotando lei marcial (quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país). Veja abaixo a nota:

“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbass. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia.”

A Rússia iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24) uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.

O número oficial de soldados ucranianos mortos na invasão russa que começou hoje (24) subiu para cinco, informou o ministério do Interior.

Um militar da defesa aérea morreu na região de Zaporiyia, no sul do país, e quatro guardas de fronteira morreram em várias localidades da região de Kherson, também no sul do país, segundo o ministério.

Fonte: g1

Foto:Agência Brasil