A crise entre Estados Unidos e Venezuela voltou a escalar após o presidente americano Donald Trump anunciar que o espaço aéreo “sobre e ao redor” da Venezuela estaria “fechado por completo”. O governo venezuelano classificou a declaração como “ameaça colonialista” e “ilegal”.
Especialistas lembram que os EUA não têm autoridade para fechar o espaço aéreo de outro país, mas a fala de Trump pode gerar incerteza entre passageiros e companhias aéreas, agravando o caos aéreo já instalado: milhares de pessoas estão retidas depois que a Venezuela revogou autorizações de voo de companhias como Iberia, TAP, Gol, Latam, Turkish e Avianca.
O anúncio ocorre em meio à maior operação militar dos EUA no Caribe desde 1989, com envio do porta-aviões USS Gerald Ford e 15 mil militares. Washington afirma combater o narcotráfico, enquanto Caracas acusa os EUA de tentar derrubar Nicolás Maduro.
A tensão aumentou após a designação do Cartel de los Soles — supostamente ligado a Maduro — como organização terrorista. O governo venezuelano rejeita a acusação como “invenção”.
Enquanto isso, companhias evitam voar na região após alerta da FAA sobre riscos à aviação devido à atividade militar.
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