Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas enfrentam um dos piores episódios operacionais dos últimos anos após o vendaval histórico que atingiu a Grande São Paulo entre quarta-feira (10) e a manhã desta quinta-feira (11). Ao todo, 344 voos foram cancelados nesse período — sendo 100 somente nesta quinta-feira.
Em Guarulhos, pelo menos 15 partidas e 39 chegadas foram suspensas só hoje. Em Congonhas, o cenário é igualmente caótico: 31 chegadas e 15 partidas amanheceram canceladas, somando-se a outros 181 cancelamentos registrados na quarta-feira. Passageiros lotam os terminais, enfrentam filas extensas e alguns chegam a dormir nos bancos sem previsão de embarque.
A ventania inédita, com rajadas que atingiram 96,3 km/h em Congonhas e 98,1 km/h em outras regiões da Grande São Paulo, provocou destruição e agravou o caos. Mais de 2 milhões de imóveis ficaram sem energia, árvores caíram, parques foram fechados e até consultas hospitalares precisaram ser canceladas. Nesta manhã, mais de 1,5 milhão de residências ainda estão sem luz, afetando também o abastecimento de água e o funcionamento de semáforos — 235 continuam apagados.
Passageiros relatam incerteza sobre remarcações: Débora, que tentava ir ao Rio, teve dois voos cancelados; Elza, que seguiria para Florianópolis, deve embarcar apenas entre os dias 14 e 15. Embora a GRU Airport afirme que já normalizou a operação, as companhias aéreas ainda reorganizam suas malhas.
O fenômeno meteorológico é considerado raro por especialistas, pois ocorreu sem a presença de chuva ou tempestades, intensificando o impacto operacional e estrutural em toda a região.





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