A Universidade de Brasília (UnB), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), lançou nesta semana o portal Praça Clóvis, uma plataforma digital que mapeia criticamente a literatura brasileira produzida desde 1970. O projeto é resultado de três anos de trabalho colaborativo conduzido pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (Gelbc), com a participação de cerca de 300 pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Na fase inicial, o Praça Clóvis já reúne 230 resenhas críticas de romances publicados nos últimos 55 anos, com critérios de seleção que consideram diversidade estilística, política, regional e temporal, além da repercussão das obras entre leitores, críticos e outros agentes do campo literário.
A proposta do projeto não é enciclopédica, mas sim curatorial: busca dar visibilidade a obras muitas vezes esquecidas, seja pela ausência de reedições, pela avalanche de novos lançamentos ou pelo apagamento histórico que afeta parte da cultura nacional. O objetivo é estimular novas leituras e debates sobre a produção literária contemporânea no Brasil.
Coordenado pela UnB, o portal conta com o respaldo de um comitê científico internacional, com representantes de instituições como a Universidade de Oxford (Reino Unido), Sorbonne Nouvelle (França), Universidade de Buenos Aires (Argentina), além de universidades brasileiras como a Ufam, Unilab, UFBA, UFPB e UFRGS.
Acesso aberto e navegação por décadas, temas e regiões
O Praça Clóvis está disponível gratuitamente e pode ser acessado por qualquer pessoa — de professores do ensino médio a bibliotecários, pesquisadores, profissionais do mercado editorial ou leitores em busca de boas sugestões de leitura. A navegação é facilitada por filtros como décadas, estados, regiões, autorias e temáticas, além de um campo de busca direta.
O nome do portal remete à ideia de um espaço público de troca de ideias e homenageia a cultura popular brasileira, inspirado na canção “Praça Clóvis”, de Paulo Vanzolini.
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Fonte: Blog do Riella
Foto: GOV.BR





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