O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova lei que determina a divulgação de todos os documentos governamentais relacionados ao financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e morto em 2019. A medida obriga o Departamento de Justiça a tornar públicos, em até 30 dias, os materiais não classificados que compõem as investigações conduzidas ao longo dos últimos anos.
A lei prevê, no entanto, que trechos considerados sensíveis — seja por envolverem investigações ainda em curso ou dados que possam violar a privacidade de vítimas — poderão ser temporariamente retidos pela procuradora-geral Pam Bondi, responsável pela análise final do conteúdo.
A iniciativa foi aprovada de forma ampla e bipartidária pelo Congresso norte-americano, após forte pressão de vítimas e parlamentares republicanos. Trump, que inicialmente se opunha à liberação dos documentos, mudou de posição recentemente e afirmou ser “totalmente a favor” da divulgação integral dos registros.
O que deve vir a público
Os arquivos incluem:
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transcrições de depoimentos de vítimas e testemunhas;
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comunicações internas do Departamento de Justiça;
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registros de voos e agendas de deslocamento de Epstein;
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itens apreendidos durante buscas em suas propriedades;
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listas de pessoas e organizações ligadas às atividades investigadas.
Esse conjunto é distinto dos mais de 20 mil documentos divulgados anteriormente pelo Congresso, que continham citações a diversas figuras públicas.
Repercussão política
A decisão reacende discussões sobre possíveis implicações políticas, já que Epstein manteve relações com diversas personalidades influentes, entre elas Donald Trump, Bill Clinton e integrantes da realeza britânica. Trump tem insistido que sua relação com Epstein terminou antes das primeiras prisões do financista e nega qualquer irregularidade.
A Casa Branca classificou as acusações que envolvem o atual presidente como “farsa”, enquanto familiares de vítimas afirmaram que a nova lei representa “um passo fundamental para transparência e justiça”, reforçando que todos os nomes “devem vir à tona, independentemente de poder ou posição”.
O que esperar agora
Com a sanção, o Departamento de Justiça inicia a triagem dos documentos e deve publicar as primeiras liberações até meados de dezembro. A tendência é que a divulgação ocorra gradualmente, à medida que os materiais forem avaliados quanto ao possível impacto em investigações ativas.
Paralelamente, cresce a pressão de parlamentares para que a liberação seja o mais completa possível, evitando que trechos sejam retidos sob justificativas amplas ou imprecisas.
Sugestão de título curto
Trump sanciona lei e determina divulgação dos arquivos do caso Epstein





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