O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de um bloqueio “total e completo” a todos os petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela, intensificando a pressão contra o governo de Nicolás Maduro. Em publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que o regime venezuelano foi classificado como uma organização terrorista estrangeira e acusou o país de envolvimento em terrorismo, tráfico de drogas e de pessoas, além de supostamente roubar bens americanos — acusações feitas sem apresentação de provas públicas.
Segundo Trump, a Venezuela estaria “completamente cercada” por uma ampla força naval dos EUA no Mar do Caribe, presença que, de acordo com ele, deve ser ampliada. A medida foi anunciada poucos dias após os EUA apreenderem um petroleiro na costa venezuelana, sob a alegação de violação de sanções internacionais. Após as declarações, o preço do petróleo bruto americano registrou alta de cerca de 1,3%.
Nos últimos meses, Washington reforçou significativamente sua presença militar na região, com o envio de navios de guerra, porta-aviões e milhares de soldados, dentro de uma estratégia de combate ao narcotráfico e de pressão política sobre Caracas. O governo Trump também designou grupos criminosos venezuelanos como organizações terroristas, ampliou sanções econômicas e elevou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro.
Autoridades venezuelanas reagiram duramente às ações americanas, classificando a apreensão de navios como “pirataria internacional” e acusando os EUA de tentar se apropriar dos recursos petrolíferos do país. Parlamentares democratas nos EUA, por sua vez, criticaram a medida e alertaram que o bloqueio naval pode ser interpretado como um ato de guerra, prometendo levar o tema ao Congresso
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