John Deere sofre prejuízos; Brasil e China estreitam laços comerciais enquanto impasse tarifário se agrava
As tarifas impostas pelo governo Donald Trump a parceiros comerciais estratégicos já começam a gerar efeitos negativos dentro dos próprios Estados Unidos. Segundo reportagem do New York Times, publicada nesta quinta-feira (4), o fabricante de tratores John Deere, símbolo da indústria agrícola americana, registrou queda nas vendas e deve perder US$ 600 milhões em decorrência do aumento dos custos com metais e da redução da demanda internacional por produtos agrícolas, especialmente soja.
A China, principal compradora de soja e milho para consumo humano e animal, tem priorizado as importações do Brasil, que hoje lidera a produção e exportação mundial, deixando os agricultores americanos com estoques elevados e preços em queda. Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja recuaram 0,42% no dia e acumulam queda de 1,60% na semana.
Além de commodities como soja, milho, minério de ferro, petróleo, açúcar, carnes e celulose, a China vem intensificando investimentos no Brasil, que somaram US$ 4,2 bilhões em 2024, e avançando no projeto da ferrovia bioceânica ligando Ilhéus (BA) a Chancay (Peru), criando uma nova rota de exportação para o mercado asiático.
Impasse tarifário
Os agricultores americanos pressionam pela venda da safra, enquanto especuladores de Wall Street apostam que as tarifas poderão ser revertidas judicialmente ou revogadas pelo próprio governo. Investidores já compram direitos de reembolso de importadores, acreditando no recuo da medida.
Banco Central barra fusão BRB-Master
O Banco Central rejeitou a compra de 49% do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB), frustrando planos do banqueiro Daniel Vorcaro e de aliados políticos. A operação, anunciada em março, enfrentou cinco meses de impasses e foi rejeitada por falta de sustentação financeira do Master, que prometia rentabilidade de até 21% ao ano em seus CDBs.
Com patrimônio real estimado em menos da metade dos R$ 50 bilhões declarados, o grupo enfrentou liquidez crítica enquanto seu controlador mantinha gastos luxuosos no exterior. O veto foi mantido mesmo sob pressão política e ameaça de projeto de lei que permitiria a demissão de diretores do BC.
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