A quatro dias da entrada em vigor do tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump, uma comitiva de senadores brasileiros deu início, nesta segunda-feira (28), a uma série de reuniões nos Estados Unidos para tentar reverter ou ao menos adiar a imposição das novas tarifas às exportações do Brasil.
Ao todo, oito parlamentares integram a delegação, que começa a agenda oficial com encontros na Embaixada do Brasil em Washington, ainda pela manhã. À tarde, o grupo participa de reunião com lideranças da U.S. Chamber of Commerce e representantes do Brazil-U.S. Business Council — entidades ligadas ao setor produtivo norte-americano.
A missão, organizada pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), foi aprovada por unanimidade no Plenário da Casa e conta com parlamentares de diferentes partidos, da esquerda à direita.
“Essa preparação é fundamental para garantir uma atuação coesa, institucional e estratégica em nome do Brasil”, afirmou Nelsinho Trad.
A comitiva chegou aos Estados Unidos no fim de semana. No sábado à noite (26), os senadores se reuniram para alinhar os principais pontos da pauta que será levada às autoridades e ao setor empresarial norte-americano.
O foco das conversas é tentar sensibilizar os EUA sobre os impactos da sobretaxa de 50% anunciada por Trump, que está prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto. O presidente americano relacionou a medida à ação penal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu, o que causou reações no Congresso brasileiro.
Senadores integrantes da missão oficial:
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Nelsinho Trad (PSD-MS)
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Tereza Cristina (PP-MS)
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Jaques Wagner (PT-BA)
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Marcos Pontes (PL-SP)
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Rogério Carvalho (PT-SE)
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Carlos Viana (Podemos-MG)
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Fernando Farias (MDB-AL)
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Esperidião Amin (PP-SC)
A agenda da missão segue até quarta-feira (30) e inclui reuniões com congressistas norte-americanos, empresários, especialistas em comércio internacional e representantes de organismos multilaterais.
Segundo os parlamentares, o objetivo principal é reabrir canais de diálogo entre os dois países e defender os setores produtivos brasileiros diretamente afetados pelas sanções comerciais.





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