Apesar de aparentarem estar em forma, muitas pessoas vivem uma realidade silenciosa que pode afetar diretamente sua saúde. É o caso dos chamados “falsos magros” — indivíduos que, embora tenham peso dentro do considerado ideal, apresentam um índice elevado de gordura corporal e baixa massa muscular. Essa condição vai muito além da estética e representa riscos reais para o bem-estar.
A falsa magreza é mais comum do que se imagina. Vestidas, essas pessoas parecem magras, mas, ao olhar mais atentamente — especialmente em trajes de banho ou com o corpo mais exposto — é possível perceber acúmulos de gordura, principalmente na região abdominal, o que pode afetar não só a autoestima, mas também indicar desequilíbrios metabólicos.
Segundo especialistas, o peso na balança nem sempre reflete a composição corporal. “Uma pessoa pode ter o mesmo peso que outra, mas com uma proporção muito maior de gordura e menos músculos. Isso compromete o metabolismo, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, resistência à insulina e inflamações crônicas”, explica um endocrinologista.
Outro fator preocupante é que, por não se enxergarem como “acima do peso”, muitos falsos magros não praticam atividade física regularmente e mantêm uma alimentação desequilibrada, rica em alimentos ultraprocessados e pobre em nutrientes. O resultado é um corpo magro por fora, mas metabolicamente desregulado por dentro.
Para diagnosticar corretamente a condição, é fundamental avaliar a composição corporal, por meio de exames como a bioimpedância, que indica a porcentagem de gordura, músculos e água no corpo. O tratamento envolve mudanças no estilo de vida, como treinamento de força, alimentação balanceada e acompanhamento médico e nutricional.
Além de reforçar que magreza não é sinônimo de saúde, o alerta serve como incentivo à busca por um corpo saudável em sua funcionalidade e não apenas na aparência. O foco, segundo os especialistas, deve ser qualidade de vida e equilíbrio metabólico, não apenas o número que aparece na balança.





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