Durante a Audiência Geral desta quarta-feira (21), na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV voltou a se pronunciar sobre a grave crise humanitária na Faixa de Gaza. Em tom comovente, o pontífice clamou por ajuda internacional, destacando o sofrimento de crianças, idosos e doentes, vítimas da fome, da sede e da violência em meio ao conflito.
“Está cada vez mais preocupante e dolorosa a situação na Faixa de Gaza. Renovo o meu apelo sincero para consentir a entrada de ajuda humanitária digna e para pôr fim às hostilidades, cujo preço desolador está sendo pago por crianças, idosos e doentes”, afirmou o Papa, dirigindo-se à multidão logo após as saudações em diversos idiomas.
O pontífice, que desde o início de seu pontificado tem chamado atenção para a necessidade de uma paz “desarmante e desarmada”, voltou a insistir no fim das hostilidades e na urgência de solidariedade internacional. “Em um mundo dividido e ferido pelo ódio e pela guerra, somos chamados a semear a esperança e a construir a paz”, declarou.
Ajuda humanitária bloqueada
Apesar do anúncio feito por Israel de que 93 caminhões de ajuda humanitária seriam liberados para entrar em Gaza pela passagem de Kerem Shalom, organizações no local relataram que muitos ainda não conseguiram avançar até os pontos de distribuição. Entre os veículos retidos estão caminhões do Unicef, dos Emirados Árabes Unidos e do Programa Alimentar Mundial da ONU (PAM).
Há suspeitas de atrasos deliberados e crescente preocupação com a insuficiência do auxílio, considerada desproporcional à gravidade da situação humanitária. “Há 14 mil crianças que morrerão nas próximas 48 horas se não conseguirmos chegar até elas”, alertou o chefe de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, em entrevista à BBC.
Novas vítimas e tensão regional
Enquanto isso, a violência persiste. Ao amanhecer desta quarta-feira, um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (IDF) matou ao menos 42 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas. Desse total, 24 vítimas estavam na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa.
A tensão também aumentou no Líbano, onde os capacetes azuis da ONU denunciaram um ataque com drones israelenses na cidade de Al Mansouri, dentro da área de atuação da missão da Unifil. A ONU ressaltou a necessidade de garantir a segurança de seu pessoal e o respeito à inviolabilidade de suas bases.
O apelo do Papa reforça os clamores por uma resposta urgente da comunidade internacional diante de uma tragédia humanitária que se agrava a cada dia.
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Fonte: blog do riella
Foto: foto da web
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