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Múmia de 2,5 mil anos revela tatuagens impressionantes na Sibéria

Pesquisadores revelaram imagens de alta resolução de tatuagens feitas há 2,5 mil anos no corpo de uma múmia congelada descoberta na Sibéria, Rússia. As tatuagens, de traços extremamente complexos, retratam animais selvagens e criaturas mitológicas, e surpreenderam até tatuadores modernos pela precisão dos desenhos.

As imagens mostram que a mulher — que teria morrido aos 50 anos — ostentava nas mãos e braços figuras como leopardos, um veado, um galo e um ser lendário, metade leão e metade águia. Os desenhos são descritos como “intricados, nítidos e uniformes”, muitos deles invisíveis a olho nu e apenas revelados por varreduras em alta tecnologia.

Segundo os arqueólogos, a mulher fazia parte do povo nômade pazyryk, uma cultura guerreira que habitava as vastas estepes entre a China e a Europa. Os pazyryks eram conhecidos por seus elaborados rituais funerários e pelo uso de tatuagens com significados espirituais e sociais.

Para entender melhor como essas tatuagens foram feitas, os cientistas colaboraram com um tatuador contemporâneo que recria técnicas antigas em sua própria pele. Ele afirmou que, mesmo com a tecnologia atual, replicar a exatidão e a arte dessas tatuagens seria um desafio.

Uma das imagens divulgadas mostra uma ilustração das tatuagens encontradas no antebraço direito da mulher, onde aparecem dois tigres e um leopardo cercando um veado alado. Outra varredura revela as linhas e pontos marcados na pele e cortes feitos durante o funeral, possivelmente como parte de um ritual.

As descobertas oferecem uma nova compreensão sobre a sofisticação artística e simbólica dos povos antigos da região, além de destacar o papel das tatuagens como elementos de identidade, espiritualidade e status social há milênios.