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Mais de 40% das exportações do Brasil aos EUA escapam de tarifa de Trump

Apesar da imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o decreto assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nesta quarta-feira (30/7), traz uma extensa lista de exceções. Produtos como petróleo, aviões e suco de laranja — que geraram apreensão entre exportadores — ficaram isentos da sobretaxa, segundo o texto oficial.

A medida entra em vigor no dia 6 de agosto e atinge setores estratégicos que não foram contemplados pelas isenções, como carne, frutas e café. No entanto, uma eventual tarifa zero para alimentos não cultivados nos EUA, como café e manga, segue em avaliação pelo Departamento de Comércio.

Segundo a Câmara Americana de Comércio (Amcham), as isenções abrangem 43,4% das exportações brasileiras para os EUA em 2024, o equivalente a US$ 18,4 bilhões. Ainda assim, a entidade alerta para o impacto negativo nos setores que ficaram de fora.

Entre os produtos excluídos do tarifaço estão: minérios, gás natural, prata, ouro, papel e celulose, fertilizantes, aeronaves da Embraer e seus componentes. Economistas avaliam que a lista reflete interesses estratégicos dos EUA, já que muitos desses produtos são difíceis de substituir no mercado internacional.

O economista Otaviano Canuto destaca que o setor aeronáutico se beneficiou de forma previsível, devido à importância dos aviões da Embraer para companhias regionais americanas. Outros especialistas apontam que o impacto econômico geral será menor do que o estimado inicialmente, mas ainda assim relevante.

O governo brasileiro já anunciou que manterá um plano de contingência para apoiar setores prejudicados, enquanto monitora os desdobramentos da medida. Para analistas, os efeitos políticos da decisão seguem incertos, mas o episódio pode fortalecer a imagem do governo Lula frente à opinião pública.

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