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Lula entrega primeiro trecho do Ramal do Apodi e reforça compromisso com segurança hídrica no Nordeste

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou nesta quarta-feira (28/5) o primeiro trecho do Ramal do Apodi, durante cerimônia realizada na Barragem Redondo, em Cachoeira dos Índios, no sertão da Paraíba. A iniciativa integra a jornada Caminho das Águas, do Governo Federal, que contempla mais de 70 projetos de infraestrutura hídrica dentro do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Com 115,5 km de extensão, o Ramal do Apodi conecta a Barragem Caiçara (PB) à Barragem Angicos (RN), com uma vazão projetada de 40 m³/s. A obra, iniciada em 2021, já está 74,83% concluída e tem entrega total prevista para outubro de 2026. O investimento é de R$ 1,45 bilhão e beneficiará cerca de 750 mil pessoas em 54 municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Durante a solenidade, o presidente Lula relembrou sua própria história de vida marcada pela seca no Nordeste e reafirmou seu compromisso com a dignidade da população sertaneja.

“A seca é um fenômeno da natureza, sempre vai existir. Mas a fome por causa dela é falta de vergonha na cara das pessoas que governam. Quando pensamos em trazer as águas do São Francisco para a região seca, muita gente foi contra”, declarou o presidente.

Lula também destacou a importância histórica da obra, que busca resolver um problema secular da população nordestina.

“Essa decisão foi a mais importante que tomei na vida. Era uma obra desacreditada, prometida há 179 anos. Mas Deus deixou o sertão sem água porque sabia que um dia eu seria presidente da República e traria água para cá”, afirmou.

Avanço da Transposição e retomada das obras

O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, lembrou que a Transposição do Rio São Francisco teve seu início em 2007, durante o segundo mandato de Lula, com continuidade no governo Dilma Rousseff, que deixou 90% da obra executada até 2016. Segundo Góes, ao retornar à Presidência em 2023, Lula encontrou várias frentes paralisadas e retomou os investimentos por meio da PEC da Transição.

Góes também informou que o Governo Federal está promovendo as desapropriações necessárias ao Ramal do Apodi e a construção de sete vilas produtivas rurais na região, sendo duas no município de Cachoeira dos Índios.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou a magnitude do projeto:

“É uma das maiores obras hídricas do planeta. Só no atual mandato, o presidente Lula está investindo R$ 11 bilhões para levar água aos quatro cantos do Nordeste e do Brasil.”

Impacto nos estados

Governadores da Paraíba e do Rio Grande do Norte destacaram os benefícios diretos à população. João Azevedo (PB) lembrou que adutoras importantes hoje operantes no Cariri e Curimataú só se tornaram viáveis com a transposição do Rio São Francisco. Já Fátima Bezerra (RN) destacou o impacto social da obra:

“Essas águas trazem esperança, dignidade e justiça social.”

Caminho das Águas: abrangência nacional

A Transposição do Rio São Francisco é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil e da América Latina. Idealizada nos anos 2000 e oficialmente lançada em 2007, a iniciativa visa beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios e 294 comunidades rurais, com frentes de obras nos eixos Norte e Leste.

Além dos grandes canais, o Caminho das Águas inclui projetos complementares como adutoras, ramais e reservatórios em estados como Bahia, Alagoas, Piauí e Maranhão. Ao todo, são mais de 70 ações em andamento, todas integradas ao Novo PAC.

A jornada teve início no dia 25 de maio, no Eixo Norte da transposição, em Cabrobó (PE), que percorre 260 km até abastecer 237 municípios em quatro estados do Nordeste, beneficiando diretamente 8,1 milhões de pessoas.

Outras obras em destaque

Durante a agenda da comitiva ministerial, foi inaugurada a Estação de Tratamento de Água de Palestina do Cariri, no município de Mauriti (CE), beneficiando 32 mil moradores com investimentos de R$ 126,1 milhões.

No dia 27 de maio, o ministro Waldez Góes vistoriou as obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), empreendimento com 145 km de extensão, que visa abastecer mais de 5 milhões de pessoas em Fortaleza, Juazeiro do Norte e cidades atendidas pelos açudes Orós e Castanhão. A obra está com 83,49% de execução e previsão de conclusão até dezembro de 2025, com investimentos superiores a R$ 2 bilhões, sendo R$ 1,7 bilhão de recursos federais.

Compromisso com o futuro

O conjunto de ações representa uma resposta concreta à histórica escassez hídrica que castiga o semiárido. Ao retomar e expandir esses projetos, o Governo Federal reforça seu compromisso com a segurança hídrica, o desenvolvimento regional e a justiça social, transformando a vida de milhões de brasileiros.

Voz de Brasília

Fonte: agência gov

Foto: foto da web