A prévia da inflação oficial no Brasil desacelerou em maio, registrando alta de 0,36%, abaixo dos 0,43% de abril e dos 0,44% verificados em maio de 2024, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula alta de 2,80% no ano e 5,40% em 12 meses.
Deflação nos transportes e queda em artigos de residência influenciam resultado
O grupo Transportes foi o principal responsável pela contenção da inflação, com queda de 0,29% e impacto negativo de -0,06 ponto percentual no índice. A maior contribuição negativa veio das passagens aéreas, que recuaram 11,18%.
Em Brasília e Belém, o transporte urbano apresentou queda expressiva devido à tarifa zero aos domingos e feriados, com redução de -17,20% e -11,44%, respectivamente. Já em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, reajustes em ônibus, metrô e táxi puxaram os preços para cima.
Outro grupo com deflação foi Artigos de residência, com variação de -0,07%.
Energia elétrica e medicamentos pressionam habitação e saúde
Na outra ponta, a energia elétrica residencial, com alta de 1,68%, foi o principal impacto individual no índice (0,06 p.p.). A mudança para a bandeira amarela – que adiciona R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos – elevou as contas de luz em várias regiões, com reajustes específicos em cidades como Salvador, Recife e Fortaleza.
O grupo Saúde e cuidados pessoais avançou 0,91%, impulsionado pelos medicamentos, que subiram 1,93% após o reajuste autorizado de até 5,09% em 31 de março. Já o grupo Vestuário registrou a maior alta percentual do mês: 0,92%.
Alimentos desaceleram, mas continuam com pressão pontual
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,39%, desacelerando frente ao avanço de 1,14% em abril. Essa moderação foi puxada pelas quedas nos preços do tomate (-7,28%), arroz (-4,31%) e frutas (-1,64%). Entretanto, alguns itens continuaram em forte alta, como a batata-inglesa (21,75%), cebola (6,14%) e o café moído (4,82%).
Índices regionais: Goiânia lidera alta, Curitiba tem menor variação
Entre as regiões pesquisadas, Goiânia teve a maior variação no IPCA-15 de maio (0,79%), influenciada por fortes aumentos no etanol (11,84%) e na gasolina (4,11%). Já Curitiba apresentou a menor variação (0,18%), devido a quedas nas passagens aéreas e nos preços das frutas.
Entenda o IPCA-15
O IPCA-15 utiliza a mesma metodologia do IPCA, mas com período de coleta diferente: os preços foram apurados de 18 de março a 14 de abril de 2025. O índice abrange 11 regiões metropolitanas, além de Brasília e Goiânia, e considera famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.
A próxima divulgação será em 26 de junho, junto ao IPCA-E, que consolida os dados do segundo trimestre de 2025.
Voz de Brasília
Fonte: agência gov
Foto: foto da web





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