Inflação de Alimentos Cai, mas IPCA-15 de Fevereiro Sobe com Aumento nos Custos de Habitação e Educação

A previsão da inflação de fevereiro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apontou uma desaceleração no aumento dos preços dos alimentos, enquanto os custos com habitação e educação pressionaram o índice geral para cima.

Alimentos e Bebidas: Redução no Ritmo de Alta
O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 0,61%, mas com desaceleração em relação a janeiro, quando a variação foi de 1,10%. Entre os itens que tiveram quedas de preço, destacam-se:
✅ Batata-inglesa (-8,17%)
✅ Arroz (-1,49%)
✅ Frutas (-1,18%)

A alimentação fora do domicílio também teve desaceleração, passando de 0,93% em janeiro para 0,56% em fevereiro.

Por outro lado, alguns produtos tiveram alta significativa, como:
🔺 Cenoura (+17,62%)
🔺 Café moído (+11,63%)

Inflação Geral Acelerada: IPCA-15 Sobe para 1,23%
Mesmo com a desaceleração dos alimentos, o IPCA-15 de fevereiro foi de 1,23% , um aumento de 1,12 ponto percentual em relação a janeiro (0,11%). No acumulado de 12 meses, o índice subiu para 4,96%, acima dos 4,50% registrados anteriormente.

Principais Pressões na Inflação
Habitação (+4,34%)
🔺 Energia elétrica residencial (+16,33%) foi o principal fator de alta, após queda em janeiro devido ao bônus de Itaipu.
🔺 Taxa de água e esgoto também subiu em cidades como Belo Horizonte e Porto Alegre.

Educação (+4,78%)
🔺 Cursos regulares registraram alta de 5,69% , com reajustes típicos do início do ano letivo.
🔺 Ensino fundamental e médio tiveram as maiores variações: +7,50% e +7,26% , respectivamente.

Transportes (+0,44%)
🔺 Combustíveis aumentados 1,88% , com destaque para o etanol (+3,22%) e a gasolina (+1,71%).
🔻 Passagens aéreas caíram 20,42% , ajudando a conter um aumento maior no grupo.

Variação Regional
📌 Maior alta: Recife (1,49%), impulsionada pelo aumento da energia elétrica e da gasolina.
📌 Menor variação: Goiânia (0,99%), com quedas nas passagens aéreas e no arroz.

Conclusão
O IPCA-15 de fevereiro mostrou um cenário misto: a inflação dos alimentos desacelerou, mas os aumentos em energia, educação e combustíveis fizeram o índice geral subir. Esse quadro reforça a necessidade de monitoramento contínuo, especialmente para setores que impactam diretamente o custo de vida da população.

Fonte:agência gov
Foto:foto da web