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Greve dos Professores da Rede Pública do DF: Ponto Cortado e Paralisação Continua

A greve dos professores da rede pública do Distrito Federal, iniciada nesta segunda-feira (2/6), trouxe impactos significativos para as escolas da capital. De acordo com a Secretaria de Educação, 255 das 713 unidades de ensino aderiram integralmente ao movimento, resultando na suspensão das aulas. As demais unidades, com cerca de 59% em funcionamento parcial, registraram a presença de 15% a 20% de professores em greve.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que o ponto dos professores será cortado, conforme decisão judicial, além de fixar multa diária de R$ 1 milhão para o sindicato da categoria, o Sinpro-DF. A Justiça também indeferiu pedido do sindicato para impedir o corte de ponto.

Apesar da decisão judicial, o diretor do Sinpro-DF, Cleber Soares, afirmou que a greve continuará. “A categoria decide quando a greve começa e termina. Não há possibilidade de encerramento antes da decisão dos professores”, declarou Soares, mencionando que uma assembleia será realizada na quinta-feira (5/6) para discutir os próximos passos.

No primeiro dia de paralisação, a adesão foi expressiva em várias escolas. Em unidades como o Centro de Ensino Médio Elefante Branco (Cemeb) e o Setor Leste, muitos estudantes se depararam com salas vazias. João Victor, 16 anos, estudante do Cemeb, relatou dificuldades causadas pela greve, mencionando os desafios logísticos, já que precisa acordar cedo para chegar à escola.

Em outras instituições, como o Centro Educacional 02 do Cruzeiro, a adesão à greve foi significativa, com apenas seis dos 32 professores presentes, afetando a rotina escolar e prejudicando alunos que enfrentaram a falta de aulas.

Impacto nas Escolas: Desafios para Direções e Pais

As direções das escolas estão enfrentando dificuldades para manter o funcionamento regular, com algumas unidades tentando minimizar os efeitos da greve, enquanto respeitam as decisões dos professores. Em Ceilândia, no Colégio Cívico-Militar, a diretora Adriana Rabelo destacou que a luta por melhorias salariais é justa, mas que é necessário respeitar os professores que optaram por continuar as aulas.

No Centro Educacional 02 do Cruzeiro, o vice-diretor João Leal observou que a adesão dos professores à greve foi quase total no turno da tarde e noite, refletindo na suspensão das atividades.

Pais também estão sendo impactados pela greve. Enquanto alguns apoiam as reivindicações dos professores, como Élder Araújo, que acredita na valorização dos docentes, outros, como Daisy Evangelista, preferem manter a rotina escolar, apesar dos desafios.

📌 Local: Rede pública de ensino do DF
📆 Data: Greve iniciada em 2 de junho


Voz de Brasília 

Fonte: Correio Braziliense

Foto: foto da web