Com investimento de R$ 54,5 milhões, o Governo Federal lançou nesta semana o Programa Bolsa Futuro Digital, iniciativa voltada à formação de 10 mil novos profissionais de tecnologia nos próximos dois anos. A ação é coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e oferece cursos gratuitos e presenciais em 12 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é preparar jovens e adultos sem conhecimento prévio para o mercado de trabalho nas áreas de desenvolvimento Front-end (interface de sites) e Back-end (estrutura e lógica dos sistemas). As inscrições para a primeira etapa, com 5 mil vagas prioritárias para estudantes da rede pública, já estão abertas.
Formação com bolsa, certificação e experiência prática
O curso tem duração de 9 meses, dividido em duas fases. Na primeira, de formação técnica, os alunos terão aulas presenciais duas vezes por semana e acesso a conteúdos online complementares. A bolsa mensal será de R$ 100 nos três primeiros meses e R$ 200 nos três meses seguintes.
Na segunda fase, de residência tecnológica, os alunos com melhor desempenho atuarão em empresas parceiras com bolsa de R$ 600 por mês, aplicando os conhecimentos em projetos reais com supervisão técnica.
“O Bolsa Futuro Digital é um passo estratégico para preparar nossos jovens para os empregos que farão a diferença nos próximos anos”, afirmou a ministra Luciana Santos, destacando que 50% das vagas são destinadas a mulheres, como parte do compromisso com a equidade de gênero.
Critérios para participação
Podem se inscrever candidatos com 18 anos ou mais, que tenham concluído (ou estejam concluindo) o ensino médio, desde que tenham estudado em escola pública ou em escola particular com bolsa integral. Também é necessário ter acesso à internet para as atividades complementares.
A seleção inclui teste de raciocínio lógico e o envio de um vídeo demonstrando interesse pela formação. Os candidatos poderão escolher entre duas trilhas:
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Front-end: HTML, CSS, JavaScript, React e noções de UX.
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Back-end: JavaScript, Python ou Ruby, orientação a objetos, WebServices e bancos de dados.
Metodologia moderna e alcance nacional
O curso adota metodologias como Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL) e Sala de Aula Invertida, incentivando a prática e a resolução de problemas reais. A formação será oferecida presencialmente nos seguintes estados:
📍 Pará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
A previsão é abrir mais 5 mil vagas em seis meses, ampliando o impacto da ação. Os locais exatos e polos de aula estão disponíveis nos sites das entidades executoras.
Fomento à inovação e inclusão
O programa é financiado pelos Programas e Projetos Prioritários de Interesse Nacional (PPIs), da Lei de Informática, com coordenação da SOFTEX e execução por instituições como o IFB, UEPA, UFPE, IFMG, IFG, IFSP, entre outras.
O presidente da SOFTEX, Ruben Delgado, enfatizou a importância do projeto para a inclusão social e digital:
“Mais do que formar programadores, estamos democratizando o acesso à tecnologia e abrindo caminhos reais de empregabilidade.”
Com o déficit anual de cerca de 24 mil profissionais de TI, segundo a Brasscom, o Bolsa Futuro Digital representa uma resposta concreta à alta demanda do setor e à urgência por políticas de inclusão no mercado de trabalho.
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Fonte: agência gov
Foto: Portal Gov.br





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