A facção conhecida como Terceiro Comando Puro (TCP), marcada pela presença de traficantes que se dizem evangélicos, cresce rapidamente no Brasil e já é considerada pela Abin como a terceira maior força do crime organizado, atrás apenas do CV e do PCC.
O grupo, que domina o chamado Complexo de Israel no Rio de Janeiro — famoso pela estrela de Davi em neon — expandiu suas operações para Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Ceará, Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
No Ceará, onde pichações com referências religiosas apareceram recentemente, o TCP já se aliou ao GDE, antiga facção local, ampliando disputas territoriais e acirrando a violência. Segundo investigadores, o avanço provocou fechamento de escolas, fuga de moradores e aumento de intimidações religiosas, como o fechamento de terreiros de umbanda.
Pesquisadores explicam que o fenômeno do “narcopentecostalismo” combina símbolos e discursos religiosos com práticas violentas. A facção usa a narrativa espiritual para legitimar confrontos com rivais, especialmente o CV.
Apesar do tom religioso, o grupo continua atuando com extrema violência, utilizando fuzis, granadas, drones e métodos de extorsão típicos de milícias. A expansão preocupa especialistas porque pode intensificar conflitos em regiões já marcadas por altas taxas de homicídio.





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