Deputado federal licenciado diz que atuação internacional tem mais impacto que sua presença no Congresso
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que não pretende retornar ao Brasil para reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados. Em entrevista à Coluna do Estadão, o parlamentar declarou que vai continuar morando nos Estados Unidos, onde, segundo ele, desempenha um trabalho de maior relevância do que teria no país.
A declaração acontece às vésperas do fim de sua licença parlamentar, que se encerra na próxima segunda-feira (21). Eduardo está afastado do cargo desde o início do ano e vinha se dedicando a agendas internacionais, especialmente ligadas à direita americana e ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
“O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, disse o deputado à Coluna do Estadão.
Atuação internacional
Durante seu período fora do país, Eduardo participou de eventos conservadores, manteve reuniões com parlamentares americanos e passou a integrar redes internacionais de direita. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem defendido, nos EUA, pautas como o combate ao “globalismo”, a liberdade de expressão e a crítica a políticas ambientais mais rígidas.
Eduardo não informou se pretende renunciar formalmente ao cargo, o que abriria espaço definitivo para seu suplente. Até o momento, a comunicação oficial à Câmara dos Deputados não foi feita.
Repercussão
A decisão foi recebida com críticas por parte de parlamentares da oposição, que acusam Eduardo de abandonar seus eleitores e de transformar o mandato em “instrumento pessoal de projeção internacional”.
Líderes do PL ainda não comentaram oficialmente a permanência do deputado fora do país.





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