Durante entrevista coletiva no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar com veemência as ações do governo e do exército de Israel na Faixa de Gaza. Ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, Lula classificou a situação como “genocídio” e “massacre de civis inocentes”, e pediu ação urgente das potências internacionais para pôr fim ao conflito.
“Estamos vendo um genocídio na nossa cara todo santo dia. É triste saber que o mundo se cala diante disso”, afirmou Lula nesta quinta-feira (5/6), após concluir parte da agenda oficial em Paris.
O presidente brasileiro cobrou que os países com influência geopolítica pressionem Israel e respeitem as resoluções da ONU. “A mesma ONU que criou o Estado de Israel tem que ter autoridade para proteger a área demarcada em 1967. É o mínimo do bom-senso que a gente pode exigir como humanista”, declarou.
Macron defende acordo, mas evita detalhes
Em resposta à mesma pergunta da imprensa, Emmanuel Macron afirmou que França, União Europeia e Reino Unido estão empenhados em construir um acordo robusto para garantir um cessar-fogo em Gaza, mas se recusou a detalhar os termos para “não prejudicar as negociações em andamento”.
Lula denuncia massacre e desigualdade de cobertura
Lula também destacou o que considera um desequilíbrio no tratamento internacional sobre as vítimas do conflito. Ele citou a morte de duas crianças palestinas por soldados israelenses, ocorrida recentemente, e lamentou que o caso tenha tido pouca repercussão na mídia internacional, ao contrário da atenção dada a outras tragédias envolvendo cidadãos israelenses.
“É um massacre por parte de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças. É contra isso que a humanidade tem que se indignar”, reforçou o presidente.
Crítica à ONU e defesa de reforma do Conselho de Segurança
Ao final de sua fala, Lula voltou a criticar a ineficiência do Conselho de Segurança da ONU, pedindo uma reforma urgente no organismo multilateral. Ele defende a ampliação dos países com direito a voto em decisões que envolvem conflitos armados, especialmente em temas de grande impacto humanitário.
“A ONU tem sido desrespeitada sistematicamente. É urgente repensar sua estrutura para garantir que a paz e os direitos humanos sejam preservados de forma efetiva”, disse.
Lula está em visita de Estado à França, onde cumpre agendas bilaterais e participa de eventos diplomáticos e econômicos.
Voz de Brasília
Fonte: agência gov
Foto: foto da web





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