Ambientada em cidade fictícia, série mostra escola que manipula adolescentes para transformá-los em obedientes. Mae Martin estrela e assina a criação da obra.
Há duas semanas no topo do ranking da Netflix, a minissérie de suspense Desobedientes vem conquistando audiência e crítica. A produção, que conta com oito episódios, se passa na fictícia cidade de Tall Pines, onde um policial recém-transferido passa a desconfiar do funcionamento de uma escola destinada a adolescentes com problemas comportamentais.
Criada e protagonizada por Mae Martin, que também atua como showrunner e produtor executivo, a série gira em torno de Alex Dempsey, um policial que se muda com sua esposa grávida para Tall Pines. Logo, ele se vê envolvido em uma rede de mistérios quando descobre que a prestigiada escola local esconde métodos obscuros de controle e manipulação mental. A responsável pela instituição é a enigmática Evelyn Wade, interpretada por Toni Collette.
O enredo da série se intensifica à medida que Alex investiga os bastidores da Tall Pines Academy, revelando que os alunos são submetidos a um processo de lavagem cerebral, incluindo uso de drogas e rituais conhecidos como “o salto”, que transformam os jovens em versões obedientes e quase devotas da líder da escola. A atmosfera lembra cultos, e o suspense cresce à medida que os estudantes Abbie, Leila e Rory tentam resistir e escapar do sistema.
Além de Toni Collette e Mae Martin, o elenco conta com Patrick J. Adams, Alyvia Alyn Lind e Sydney Topliffe, que ajudam a criar uma narrativa carregada de tensão, crítica social e dilemas morais.
Embora a história seja fictícia, Mae Martin revelou em entrevista à Forbes que a trama foi inspirada em eventos reais. Uma amiga próxima do comediante passou por uma experiência parecida na juventude e atuou como consultora da série, ajudando a dar verossimilhança aos elementos de coerção psicológica presentes no roteiro.
Desobedientes não apenas entrega entretenimento, mas também levanta discussões importantes sobre o uso de métodos extremos em instituições para jovens e a linha tênue entre correção e abuso. É uma história que combina mistério, crítica social e um olhar provocador sobre a rebeldia juvenil, consolidando-se como uma das apostas mais fortes da Netflix neste segundo semestre.
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