A desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, que revogou a prisão preventiva do empresário Daniel Vorcaro, tem em seu histórico profissional acusações documentadas de gestão fraudulenta durante sua atuação na Associação dos Juízes Federais da 1ª Região (Ajufer).
Auditorias realizadas em 2010 apontaram 45 empréstimos simulados junto à Fundação Habitacional do Exército (FHE/Poupex), totalizando R$ 6 milhões em contratos assinados por ex-presidentes da Ajufer, entre eles Solange Salgado. Relatórios indicaram prejuízo superior a R$ 20 milhões, uso indevido de dados de magistrados, movimentações em contas de terceiros e repasses considerados suspeitos.
Em 2011, 40 juízes federais pediram investigação disciplinar, afirmando que seus dados foram usados “de forma irresponsável e fraudulenta”. O processo resultou na pena de disponibilidade aplicada à magistrada, depois anulada pelo CNJ por falha no quórum — sem, no entanto, modificar as conclusões das auditorias.
No caso atual, Solange primeiro manteve a prisão de Vorcaro, controlador do Banco Master, mas dias depois reconsiderou a decisão e aplicou medidas cautelares.
As acusações das auditorias — empréstimos simulados, contratos fraudulentos e uso irregular de dados — permanecem registradas no histórico funcional da desembargadora.





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