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De tensão a aproximação: Lula e Trump aceleram reviravolta diplomática

A relação entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou por uma guinada significativa em 2025. Depois de meses marcados por críticas públicas, tarifas econômicas e dificuldades de diálogo, os dois líderes voltaram a conversar por telefone nesta terça-feira (2) e descreveram o contato como positivo, reforçando a aproximação iniciada no fim de setembro.

Ao longo do ano, divergências comerciais e políticas deterioraram o vínculo entre os países. Trump impôs tarifas a produtos brasileiros e aplicou sanções contra autoridades, o que levou Lula a acusar Washington de adotar medidas unilaterais e ameaças à soberania do Brasil. Trump, por sua vez, criticava o governo brasileiro por suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A virada começou na Assembleia Geral da ONU, quando Trump disse ter “excelente química” com Lula. Meses depois, vieram a primeira ligação oficial, um encontro presencial na Malásia e a decisão dos EUA de suspender tarifas adicionais sobre produtos brasileiros — passos que contribuíram para um ambiente de negociação mais favorável.

Nesta semana, Trump afirmou que gosta de Lula e espera “novas conversas em breve”, apontando para uma relação que, até poucos meses atrás, estava congelada. Lula também classificou a ligação como “produtiva”, destacando a disposição dos EUA em colaborar em temas econômicos e no enfrentamento ao crime organizado.

A mudança no tom diplomático indica um esforço calculado de ambos os lados para estabilizar o diálogo e reativar agendas estratégicas. A expectativa dos governos é que novas reuniões ocorram em pouco tempo e resultem em acordos que aliviem pressões comerciais e políticas acumuladas ao longo do ano.

Linha do tempo resumida da reaproximação

Abril — Início da crise

Lula reage duramente às tarifas impostas por Trump, afirmando que o Brasil não abrirá mão da soberania. A Casa Branca rebate, dizendo que Trump é “líder do mundo livre”.

Julho — Escalada das críticas

Após tarifaço dos EUA, Lula acusa Trump de querer ser “imperador do mundo”. O governo brasileiro relata dificuldades em estabelecer diálogo com Washington.

Agosto — Sinal de abertura

Trump afirma que Lula pode ligar “quando quiser”. Lula diz que só conversará quando sentir que há disposição real dos EUA.

Setembro — Ponto de virada

No discurso da ONU, Lula faz críticas indiretas à política externa americana; Trump responde destacando “boa química” com o brasileiro após um breve encontro.

Outubro — Primeira conversa direta

Os dois presidentes conversam por 30 minutos e concordam em avançar na revisão das tarifas. Mais tarde, reúnem-se na Malásia por 45 minutos.

Novembro — Medida concreta

EUA suspendem tarifas adicionais sobre produtos brasileiros.

Dezembro — Reforço da aproximação

Lula liga para Trump; ambos relatam conversa “muito boa” e afirmam que pretendem se encontrar novamente.