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Brasil lidera grupo na ONU para discutir criação do Estado da Palestina

O Brasil foi convidado a copresidir, ao lado do Senegal, um dos grupos de trabalho da Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, que será realizada em junho deste ano. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira (20/5).

A conferência é uma iniciativa das copresidências França e Arábia Saudita, e contará com oito grupos de trabalho temáticos. O Brasil e o Senegal comandarão o Grupo 7, que terá como foco a promoção do respeito ao direito internacional como base para viabilizar a criação do Estado palestino.

Segundo o Itamaraty, os grupos preparatórios e a conferência principal são abertos a todos os Estados-membros das Nações Unidas, bem como a representantes de agências da ONU, programas, fundos, comissões regionais e instituições de Bretton Woods. A participação dos países será voluntária e ainda não há confirmação oficial sobre os integrantes de cada grupo.

Histórico de apoio à causa palestina

O Brasil tem sido um defensor histórico da criação do Estado da Palestina. Em 2010, reconheceu oficialmente o Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, incluindo a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como capital. O país também apoiou a resolução 67/19 da Assembleia Geral da ONU, que em 2012 elevou a Palestina ao status de Estado observador não membro da organização.

Além disso, o Brasil defendeu a adesão da Palestina à UNESCO, em 2011, e segue apoiando sua inclusão como membro pleno das Nações Unidas. “O Brasil tem-se posicionado favoravelmente à entrada da Palestina em organismos multilaterais e continua comprometido com a solução de dois Estados como caminho legítimo e duradouro para o fim do conflito”, informou o Itamaraty.

A Conferência Internacional busca criar uma agenda comum em torno de princípios do direito internacional, reforçando o compromisso da comunidade internacional com uma solução pacífica, justa e sustentável para o conflito entre israelenses e palestinos.

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Fonte: correio Brasiliense
Foto: foto da web