Cidade do México – Brasil e México estão reforçando suas relações comerciais com a revisão de acordos econômicos que já têm mais de 20 anos. A medida foi discutida durante missão brasileira liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na última semana.
Os dois países pretendem atualizar o Acordo de Complementação Econômica (ACE-53), que hoje cobre apenas cerca de 12% do fluxo comercial bilateral, além do ACE-55, voltado para o setor automotivo, e o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos. O cronograma prevê conclusão das negociações em julho de 2026.
Desde 2023, o comércio bilateral vem crescendo. As exportações brasileiras de carne bovina para o México aumentaram 250% no período, e a corrente de comércio superou US$ 14 bilhões no último ano. “Estamos construindo uma relação mais equilibrada e produtiva entre as duas maiores economias da América Latina”, afirmou Alckmin.
Entre os novos entendimentos, destacam-se:
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Saúde: Cooperação em vacinas e terapias com tecnologia mRNA entre a Fiocruz e o governo mexicano.
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Vigilância sanitária: Modernização de processos regulatórios entre Anvisa e Cofepris.
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Biocombustíveis: Parceria para desenvolvimento de etanol, SAF e combustíveis sustentáveis.
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Agronegócio: Ampliação da exportação de carnes e habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras.
A presidenta mexicana Claudia Sheinbaum destacou que a aproximação abre caminho para maior cooperação científica, econômica e ambiental. “Os dois países compartilham interesses estratégicos e têm muito a crescer juntos”, declarou.





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