Mensagens obtidas pelo UOL mostram que o empresário Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco — investigado pela PF em esquemas de fraude de combustíveis, lavagem de dinheiro e possível ligação com o PCC — forneceu clandestinamente canetas de Mounjaro ao senador Davi Alcolumbre.
O medicamento, na época ainda proibido pela Anvisa e vendido apenas no mercado paralelo, foi entregue em agosto de 2024 por um motorista particular de Brasília. O motorista confirmou que a encomenda foi destinada ao senador, e um áudio enviado pelo motorista pessoal de Alcolumbre atesta que o parlamentar recebeu o produto.
Beto Louco, atualmente foragido, articulou a compra por meio de uma intermediária que viajava para Dubai. A entrega ocorreu um dia após um almoço na casa de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, onde Alcolumbre comentou ter dificuldade de obter o remédio.
O senador foi questionado sobre a relação com o empresário e o recebimento do medicamento, mas não respondeu até o fechamento da reportagem. A defesa de Beto Louco nega qualquer ligação dele com o PCC.





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