Equipe médica acredita que a intoxicação pode ter ocorrido em São Paulo, onde o rapper se apresentou no último domingo (28/9)
O Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu, nesta sexta-feira (3/10), que a bebida alcoólica ingerida pelo cantor Hungria no Distrito Federal não estava contaminada por metanol.
Segundo o laudo, as garrafas apreendidas apresentavam indícios de falsificação, mas não continham a substância tóxica. A PCDF destacou ainda que o teor de álcool anidro das bebidas está em conformidade com as normas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
De acordo com a equipe médica do Hospital DF Star, onde o rapper está internado na UTI, a principal suspeita é que a intoxicação tenha ocorrido em São Paulo, local do show realizado no último domingo (28/9). A casa de shows foi interditada pela vigilância sanitária, sob suspeita de comercializar bebidas adulteradas com metanol.
“Ele não fez uso de metanol puro, mas de bebidas adulteradas com etanol e metanol, o que pode retardar a manifestação dos sintomas em até 72 horas. Por isso, acreditamos que a intoxicação pode ter ocorrido em São Paulo, mas só será possível confirmar com as investigações policiais”, explicou o médico Leandro Machado, integrante da equipe que acompanha o cantor.
Segundo o profissional, exames laboratoriais devem confirmar em até cinco dias a presença de substâncias tóxicas no organismo do artista.
Enquanto isso, autoridades do DF e de São Paulo trabalham em conjunto para identificar a origem das bebidas adulteradas.
“Há uma cooperação entre as polícias civis dos dois estados e a Anvisa, que vai analisar tanto as amostras recolhidas aqui em Brasília quanto os lotes apreendidos em São Paulo”, afirmou o advogado da família, José Souto Lima.
Apesar da gravidade do caso, os médicos afirmam que Hungria apresenta sinais de melhora após os procedimentos de hemodiálise e o uso de antídotos.
“Nosso papel é tratar e minimizar os impactos. O paciente está respondendo bem, e a perspectiva é positiva”, reforçou Leandro Machado.





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